O governador de São Paulo, João Doria
, vai criar uma comissão externa formada por membros da socidade civil para participar da apuração da ação policial que deixou nove pessoas mortas durante o Baile da 17
, em Paraisópolis
. Os mortos foram pisoteados depois que oficiais conduziram a multidão para vielas e disparou balas de borracha e usou gás lacrimogêneo nas pessoas. A proposta era uma reivindicação de familiares das vítimas e de organizações de direitos humanos.
A decisão de criar a comissão foi feita após uma reunião com parentes dos mortos e centenas de pessoas marcharem de Paraisópolis até o Palácio dos Bandeirantes, no Morumbi.
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Até agora as versões sobre os acontecimentos na noite de baile ainda são contraditórias. Segundo a Polícia Militar, o tumulto começou após dois suspeitos em uma moto atirarem contra policiais e se esconderem na multidão do baile.
Os moradores, no entanto, dizem que a PM já chegou ao local atirando e teria provocado a tragédia ao tentar realizar uma dispersão truculenta no pancadão.
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Na segunda-feira (2), a gestão Doria decidiu afastar das ruas seis policiais militares que participaram da ação.