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Magistrada Maria do Socorro Santiago foi detida na sexta-feira (29), suspeita de envolvimento em um esquema de venda de decisões judiciais na Bahia

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Divulgação/Ascom/TJ-BA
Maria do Socorro Santiago, ex-presidente do Tribunal de Justiça da Bahia.

A Polícia Federal encontrou cerca de R$ 100 mil em espécie no apartamento da desembargadora do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), Maria do Socorro Santiago . Além da quantia, obras de arte também foram achados no imóvel, de acordo com o jornalista Fausto Macedo, do Estado de São Paulo. 

A magistrada foi detida na sexta-feira (29), suspeita de envolvimento em um esquema de venda de decisões judiciais. As buscas feitas por agentes da polícia encontraram os R$ 100 mil distribuídos em moedas diferentes. Eram R$ 9 mil euros, referentes a R$ 42 mil, e US$ 200, equivalente a R$ 847. 

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Um mostruário com adornos femininos em forma de estojo, com colares, anéis, relógios e brincos também está entre os objetos apreendidos na residência de Socorro Santiago.

A procuradoria afirma que um colar de outro com possível alto valor de mercado e três relógios da Rolex estavam entre as jóias. Quadros de artistas baianos e de outras regiões do país foram encontrados, mas não apreendidos.

"O padrão ostentado pela desembargadora com muitos adornos aparentando joias, dinheiro em espécie de grande monta, obras de arte, bolsas, etc, é acima do que seria esperado para uma servidora pública", disse o Ministério Público Federal. 

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A prisão do genro e advogado da magistrada, Márcio Duarte, também foi decretada pelo Ministério Público Federal . Na quinta-feira (28), a prisão preventiva de Duarte foi emitida pelo ministro Og Fernandes, assim como a do secretário do Tribunal de Justiça da Bahia, Antônio Roque Nascimento. 

A desembargadora tentou destruir provas para impedir que a polícia tomasse conhecimento de informações. Maria do Socorro perguntou, por meio de uma ligação com o celular de Márcio Duarte , grampeado nas investigações, se foram apagados os dados de um celular levado pela polícia.

Na visão do presidente do Tribunal , desembargador Augusto de Lima Bispo, o importante é que a verdade prevaleça. "E a paz possa voltar a fazer parte desta família composta por quase 8 mil servidores, 595 juízes e 60 desembargadores que trabalham com presteza, lisura e dedicação ao Poder Judiciário", disse.