Governador falou sobre a segurança do Rio e comparou com outros países.
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Governador falou sobre a segurança do Rio e comparou com outros países.

Wilson Witzel afirmou que a violência no Rio está no mesmo patamar de "Nova York, de Paris, de Madrid". A declaração foi dada em evento realizado em Duque de Caxias na manhã desta quinta-feira (14). De acordo com o governador, os tiroteios no Rio só acontecem em comunidades e não nas áreas turísticas mais visitadas do estado:

"Os tiroteios acontecem nas comunidades e não no Centro, no Pão de Açúcar, no Cristo Redentor. São décadas de abandono no planejamento urbano nas comunidades. Mas a realidade da cidade do Rio de janeiro hoje é que nós saímos de uma taxa de 35 mortes por 100 mil habitantes para 16 mortes por 100 mil habitantes. Nós só perdemos para uma capital do Brasil. Somos a segunda capital mais segura do Brasil. E se nós olharmos para o resto do mundo, veremos que estamos no mesmo patamar de Nova York, de Paris, de Madrid. Essa é a realidade que precisa ser mostrada", disse Witzel .

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De janeiro até o último dia 3 de novembro, a cidade de Nova York registrou 269 assassinatos. Entre o começo do ano e o último mês de setembro, a capital fluminense contabilizou um número 2,5 vezes maior: 739 homicídios dolosos. Atualmente, São Paulo é a capital brasileira com menor número de homicídios.

Witzel disse também que há mais de 5000 fuzis na mão de traficantes nas comunidades do Rio atualmente. Segundo o governador, a conta foi feita pela Polícia Militar. Ele criticou a reação do ministro da Justiça, Sérgio Moro, que disse que o governador está transferindo a responsabilidade dos crimes no estado para o governo federal. Witzel tinha usado as redes sociais para criticar duramente a falta de combatividade, em nível federal, ao tráfico de drogas e armas e ao sucateamento da Polícia Federal.

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"Contra fatos, não há argumentos. As armas estão entrando por onde? Pelas fronteiras. São 5000 fuzis nas mãos de narcoterroristas. E essas armas não são produzidas aqui. Elas entraram por ar, terra ou mar e cruzaram nossas fronteiras. Estamos fazendo a nossa parte. Já prendemos o miliciano acusado da morte da menina Ketellen. Eu fui juiz federal e sei que a quantidade de armas e drogas apreendidas é muito inferior ao que é produzido. A Colômbia e a Bolívia produzem maconha e cocaína numa escala absurda", comentou Witzel.

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O governador sugeriu ao governo federal que utilize militares das forças armadas no combate ao tráfico de armas e drogas. Ele também afirmou que a Polícia federal está sucateada:

"As nossas forças armadas hoje podem e devem controlar as fronteiras. Em Israel, o exército é usado no policiamento. É necessário usar satélite, programa de controle nacional e precisamos ir à ONU responsabilizar a indústria armamentista. O governo federal precisa se mexer e eu não estou vendo esse movimento. O que estou vendo é um movimento muito tímido. O governo federal me ofereceu 60 policiais para botar em Angra dos Reis. O que eu vou fazer com 60 policiais em Angra? Nada. O que é preciso e a polícia federal entrar nos morros e pegar as armas que foram contrabandeadas", afirmou Witzel , após solenidade de inauguração do Programa Duque de Caxias Presente na Praça do Pacificador.

O governador aproveitou a solenidade para reafirmar a sua intenção de criar um programa Segurança Presente nas estradas do Rio. Ele pediu ao governo federal que conclua o Arco Metropolitano. Logo em seguida, foi provocado pelo prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis, a fazer as obras de conclusão da estrada uma união entre prefeituras e o governo do Estado.

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