Lorrana Madalena da Luz Manuel, de 14 anos, morreu, na manhã de quarta-feira (23), depois de passar mal por comer uma bala supostamente envenenada, oferecida por uma mulher no ramal Saracuruna, num dos trens da SuperVia. Em janeiro, a adolescente completaria 15 anos e a família estava toda empenhada para fazer uma festa.
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Por conta da celebração, inclusive, a mãe da menina
, Gisele José da Luz, de 30 anos, começou a trabalhar como vendedora, para financiar o aniversário
.
“Como comecei a trabalhar para comprar as coisinhas da festa, eu não tinha como mais ficar levando e buscando ela no curso, e, por isso, ela estava indo sozinha. Mas eu sempre controlava os horários dela, pedia para avisar quando estava saindo, quando chegasse em casa. Minha filha estava contando os dias para a festinha dela, estava super feliz, já tinha escolhido o tema, seria da Princesa e o Sapo, o convite já estava pronto, estávamos começando a fazer as lembrancinhas, só faltava escolher o vestido, que a gente ia fechar agora em novembro”, contou a vendedora.
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Sonho de ser mãe
Gisele sempre sonhou em ser mãe e Lorrana
era a mais velha de quatro irmãos. Além dela, a vendedora também teve um menino de 13 anos e duas meninas de 6 e 2 anos.
“Assim que eu descobri que estava grávida, antes de ir fazer a ultra para descobrir o sexo, eu passei numa loja infantil e já comprei um vestidinho. Quando a médica falou que era menina, eu comemorei muito”, disse.
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Mais do que ser mãe, Gisele queria ter quatro filhos. “Fui mãe aos 16 anos e não me arrependo, sempre sonhei em ter quatro filhos, ela foi muito esperada, muito amada. Cravaram uma faca no meu coração. Ela era a minha menina ”, complementou.