Rock in Rio todo ano, maior uso do sambódromo, redução do ICMS sobre o querosene de aviação um parque da Disney em Guaratiba. Esses são apenas algumas das propostas do governador do Estado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, que esteve na abertura do festival, ontem na Cidade do Rock.

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Governador no Rock in Rio 2019
Reprodução/TV Globo
Governador no Rock in Rio 2019

 Em entrevista, dentro da área VIP,  Witzel  afirmou que já conversou com o idealizador do evento, Roberto Medina, até mesmo sobre aumentar a duração do festival. O governador, porém, evitou falar sobre segurança pública uma semana após a morte da menina Ágatha Felix, baleada no no Complexo do Alemão. Ele disse apenas que um evento como o Rock in Rio "trazem turistas que passam a ver os efeitos de nossa política pública de segurança".

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No primeiro dia de festival, tanto a morte de Ágatha quanto a da vereadora Marielle Franco, em 2018, foram lembradas pela cantora Lellê em seu show na abertura do palco Sunset. Também no palco Favela, novidade do festival neste ano, houve críticas à política de segurança de Witzel, com sons de helicóptero durante a tarde.

Qual a importância do turismo para o Rio de Janeiro?

Os grandes eventos trazem visibilidade para o Rio e trazem turistas que passam a ver os efeitos de nossa política pública de segurança. Eles começam a enxergar como o Rio de Janeiro está sendo pacificado, com a polícia na rua, as pessoas mais felizes, o clima mudando no Rio de Janeiro. E, como a gente diz, virando o jogo. O rock in Rio é muito importante para a economia do estado. São mais de R$ 1,7 bilhão e 700 mil turistas.

Sobre o Rock in Rio, há algum plano em especial?

Uma possibilidade que conversei com Roberto Medina é de se estender o festival em quatro semanas. É um festival que pode inclusive ser anual. Evidente que para isso a gente tem que ajudar a trazer mais investidores para o Rock in Rio. O festival pode ter uma formatação mais comercial ainda, envolvendo feiras, juntamente com o Rock in Rio.

Mas isso é uma proposta do Governo do Estado?

É uma proposta do governo. Eu propus. Coloquei na mesa. O Medina disse que tem dificuldade para isso. Mas eu sou uma pessoa que não fico intimidada diante de desafios. Quero um Rio de Janeiro pujante o ano todo.

Que setores podem ser beneficiados?

Saímos de 50% para 70% de uma ocupação hoteleira. A tendência é crescer. O turismo no Rio cresceu 18%. A regulamentação da redução do ICMS sobre o QAV  (querosene de aviação)  está para sair. Isso vai trazer mais voos para o Rio, com mais conexões.

A falta de voos diretos para o Rio a partir de cidades do exterior é uma queixa de empresas, como Nova York. Qual o plano para reativar isso?

Nova York não é mais um problema. A American Airlines voltou a vender voo Rio-Nova York a partir de dezembro. Temos a expectativa para ter mais voo. Conversei muito com Portugal também. A TAP pode trazer rota da Ásia para O Rio de Janeiro, com stop over em Lisboa. A ideia é trazer o turista asiático, como o da China. Minha perspectiva é que vamos chegar a 2022 com 5 milhões de turistas no Rio. Hoje, são cerca de 2,5 milhões.

Algum outro plano para aumentar o turismo no Rio?

Estou em contato com o prefeito de Miami para me aproximar da Disney. O Rio pode ter uma visibilidade maior lá para trazer o turista para cá. Tem a conversa para trazer um parque da Disney aqui. Em Guaratiba há uma área que pertence à Igreja. São cinco milhões de metros quadrados. E com esse terreno pretendem apresentar para a Disney essa possibilidade.

Como o senhor viu a decisão referente ao sambódromo, que continua com a prefeitura no carnaval?

Para não atrapalhar as negociações com a prefeitura em 2020, tenho a proposta de assumir o sambódromo em abril do ano que vem. Vou continuar negociando com a prefeitura, vai ter que fazer obra no sambódromo. Eu estou disposto a entrar com R$ 10 milhões, a fazer as obras. Eu também quero expandir o carnaval de rua para deixar o carnaval ainda mais promissor.

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O sambódromo pode ter um carnaval fora de época, que pode ser outubro, para aproveitar a criançada. Podemos fazer um carnaval junino, com as quadrilhas. O Rio de Janeiro já teve 800 quadrilhas e hoje tem 80. Também podemos fazer eventos com orquestras. Também penso em fazer um grande evento das polícias, uma demonstração das froças operacionais da polícia, com aeronaves, com o corpo de bombeiros. A população gosta de participar.

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