Segundo discurso do governador João Doria (PSDB-SP), nesta sexta (27), diminuir o número de mortes causadas por policiais durante o combate ao crime não é prioridade. “Pode acontecer, mas não é obrigatoriedade”.
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A fala ocorreu na coletiva de imprensa em que foi divulgada a redução do índice de homicídio . O número – de 6,25 casos a cada 100 mil habitantes do Estado – foi o menor da série histórica, que iniciou em 2001.
No entanto, entre janeiro e 27 de setembro, ocorreram 506 mortes em ações da Polícia Militar “decorrentes de intervenção policial", de acordo com a PM. “Entre a vida de um bandido e a vida de um policial, quem vai para o cemitério é o bandido", afirmou Doria.
Apesar de não ter apresentado proposta de ações para reduzir a letalidade policial durante sua campanha eleitoral, os casos durante a gestão Doria apresentam redução de 21% se comparados aos do mesmo período de 2018 – quando ocorreram 642 mortes por policiais militares.
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Os dados deste ano de letalidade da polícia civil paulista ainda não foram divulgados. Contudo, Doria afirma que há “orientação clara de obediência aos protocolos de uso progressivo da força. Não vamos no uso máximo da força”.
Eleições 2022
Quando questionado sobre a política adotada pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) ou pelo governador carioca Wilson Witzel (PSC-RJ), Doria afirmou que sua política “não foi para estabelecer diferença com esse ou aquele governo, seja estadual ou federal”. No entanto, os três são prováveis concorrentes na disputa à presidência em 2022.
Witzel recebeu diversas críticas por sua política de segurança pública no Rio de Janeiro. Apenas no primeiro semestre deste ano, o estado contabilizou mais de mil mortes realizadas por policiais militares – ultrapassando o dobro de SP. A reprovação cresceu após o caso da jovem de oito anos Ágatha Félix, que morreu por tiro de fuzil provavelmente disparado por policial.
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Na última quinta-feira (26), Doria lançou uma campanha, que custou mais de 12 milhões de reais, com números positivos de segurança pública. A ação é voltada para o público conservador e apresenta prévia do discurso sobre segurança que terá em 2022 .