O Complexo do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro, amanheceu nesta sexta-feira (27) com faixas com os dizeres: "#ÁgathaPresente. Nós exigimos justiça para Ágatha". Elas estão instaladas nos acessos ao conjunto de favelas.
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No fim da tarde desta sexta, quando completa uma semana que a menina Ágatha Vitória Sales Félix, de 8 anos, foi baleada — ela morreu no dia seguinte —, está prevista a realização de uma manifestação no Alemão. O ato é organizado pela família da garota e estudantes da rede pública.
Ágatha foi atingida por estilhaços de uma bala quando estava numa Kombi com a mãe, Vanessa Félix. A menina chegou a ser socorrida para o Hospital estadual Getúlio Vargas, na Penha, na zona norte, mas não resistiu. Vanessa diz que o disparo foi feito por um policial militar da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Fazendinha.
Durante esta semana, policiais da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) ouviram uma série de depoimentos para tentar esclarecer o caso — pais e parentes de Ágatha, o motorista da Kombi e PMs da UPP . O conteúdo dos depoimentos é mantido sob sigilo.
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Ao todo, oito armas da PM, entre pistolas e fuzis , foram entregues na DHC. A perícia concluiu que não será possível saber de que arma saiu a bala que matou Agatha . Na próxima terça-feira (1°), a polícia fará uma reprodução simulada do crime.