Além dos tradicionais desfiles cívico-militares, a comemoração da independência do Brasil também foi marcada por protestos em todo o país. O também já tradicional Grito dos Excluídos levou manifestantes às ruas de em ao menos 12 estados e no Distrito Federal.
Os participantes do Grito dos Excluídos protestavam contra a desigualdade social, os cortes na educação e as queimadas na Amazônia.
Leia também: Bolsonaro participa do seu primeiro 7 de setembro como presidente
Em São Paulo o evento comeceu na Avenida Paulista e as pessoas saíram em marcha em direção ao Monumento às Bandeiras. No Rio de Janeiro, o ato aconteceu na Rua Uruguaiana, a poucos metros da Avenida Presidente Vargas, local do desfile oficial do Dia da Independência.
Com a participação de movimentos estudantis, sindicatos e organizações sociais, o protesto também aconteceu em outras 21 cidades, como Brasília, Campo Grande, Recife e Belém.
O Grito dos Excluídos acontece todo ano no sete de setembro há 25 anos. Ele é organizado por movimentos sociais para questionar a desigualdade social no Brasil.
Verde e amarelo X preto
O presidente Jair Bolsonaro havia pedido que as pessoas saíssem usando roupas verdes e amarelas no Dia da Independência . A solicitação de Bolsonaro, no entanto, gerou uma reação de seus opositores, que passaram a divulgar uma campanha para que as pessoas vestissem roupas pretas. Na manhã deste sábado, a hashtag “#Dia7EuVouDePreto” chegou a ser um dos assuntos mais comentados no Twitter.
Leia também: Drones são proibidos em desfile do 7 de setembro no Rio de Janeiro
A movimentação foi comparada tanto pelo presidente quanto pela oposição aos protestos contra o ex-presidente Fernando Collor. Bolsonaro, ao pedir para as pessoas usarem o traje verde e amarelo, se comparou a Collor e disse que desta vez daria certo. No mesmo sentido, os opositores pregaram a volta dos caras pintadas – os estudantes que pintavam o rosto nas cores da bandeira brasileira nos protestos pelo impeachment de Collor.