Nesta quinta-feira (8), pouco mais de dois meses depois do ministro da Cidadania Osmar Terra proibir a divulgação de um estudo sobre drogas feito pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a instituição, junto com Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas do Ministério da Justiça e Segurança Pública e a Advocacia Geral da União (AGU) conseguiram autorização para que a pesquisa fosse colocada no site oficial.
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No dia 29 de maio, Osmar Terra proibiu que o estudo da Fiocruz fosse divulgado por entender que promovia o uso de drogas pelos brasileiros o que, ao seu ver, seria mais maléfico do que benéfico à sociedade.
Após vários debates, a Câmara de Conciliação e Arbitragem da Administração Pública Federal, órgão da AGU, conseguiu a autorização para o fim da censura do estudo.
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A pesquisa teve início ainda em 2014 e se estendeu até o final de 2017. Ao todo, o projeto envolveu cerca de 500 profissionais de diferentes áreas, dentre entrevistadores de campo, pesquisadores da área de epidemiologia e estatística. Quanto aos recursos, foram utilizados cerca de R$ 7 milhões do total de R$ 8 milhões disponibilizados pelo edital. A prestação de contas foi enviada ao órgão financiador em junho de 2018.
Na época, Osmar Terra contestou a metodologia da pesquisa que, ao seu ver, defendia a liberação das drogas no Brasil.
O estudo, divulgado nesta quinta-feira (8), mostra que 9,9% dos brasileiros entre 12 e 65 já consumiram alguma substância ilícita na vida E que, entre essas, pouco mais e 4% fizeram o uso das drogas nos últimos 12 meses da pesquisa.
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Em nota, a Fiocruz destaca que orgulha-se do trabalho realizado pelos seus pesquisadores e assegura que o 3° Levantamento Nacional sobre o Uso de Drogas pela População Brasileira cumpriu o proposto em edital, respeitando todo o rigor metodológico, científico e ético pertinentes a este tipo de estudo, produzindo informações de extrema importância para o país e a sociedade brasileira."