Walter Delgatti Neto, o 'Vermelho', apontado como
Daniel Marenco/Agência O Globo
Walter Delgatti Neto, o 'Vermelho', apontado como "líder" dos supostos hackers presos na Operação Spoofing

Expira à meia-noite desta quinta-feira (1ª) o prazo de vigência das prisões temporárias dos quatro supostos hackers investigados pela invasão ao aplicativo Telegram de centenas de autoridades, dentre elas o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.

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Walter Delgatti Neto (o 'Vermelho'), Danilo Cristiano Marques, Gustavo Henrique Elias Santos e Suelen Priscila de Oliveira estão presos em Brasília desde a terça-feira passada (23). Os supostos hackers  tiveram as prisões temporárias prorrogadas por mais cinco dias na última sexta-feira (26), por decisão do juiz Vallisney de Souza Oliveira. Agora, o único meio de manter os suspeitos presos é convertendo o regime em prisão preventiva. Segundo a assessoria da Justiça Federal do DF, nenhum pedido nesse sentido foi feito até o momento.

Nessa quarta-feira (31), a Polícia Federal chegou a pedir a soltura de Danilo Cristiano , mas voltou atrás momentos mais tarde alegando ter obtido novas informações que davam conta de que o suspeito tinha conhecimento de que Walter Delgatti era o responsável pela invasão ao Telegram de autoridades. Em face dessa nova informação, o juiz Vallisney decidiu manter o suspeito preso.

Os quatro investigados tiveram audiência de custódia na terça-feira . Na ocasião, o casal Gustavo e Suelen disseram ter sofrido maus tratos por parte dos agentes da Polícia Federal. O juiz de Brasília ordenou que o Minitério Público Federal (MPF) analisasse as imagens do circuito interno de câmeras da Superintendência da PF para apurar se de fato houve abusos por parte dos agentes.

Até o momento, os investigadores já obtiveram a confissão de Walter Delgatti , que disse ter acessado aplicativos de troca de mensagens de autoridades e enviado os dados ao jornalista Glenn Greenwald, do site The Intercept Brasil , de modo anônimo e sem receber nada.

A Polícia Federal agora pretende descobrir se houve pagamentos entre os investigados por meio de transações com criptomoedas. Sete corretoras de bitcoins foram notificadas para informar se existe alguma carteira em nome de algum dos supostos hackers . Um relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) apontou movimentações de R$ 627 mil nas contas de Gutavo Henrique e Suelen, o que, segundo o advogado do casal, deve-se aos ganhos com a compra e venda dessas criptomoedas.

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