A Polícia Federal pediu à Justiça a revogação da prisão temporária de um dos quatro suspeitos de participação nos ataques hacker ao aplicativo Telegram de autoridades públicas,Danilo Cristiano Marques.
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Preso na terça-feira passada na Operação Spoofing, Danilo havia emprestado sua conta bancária para uso por Walter Delgatti Neto, mas afirmou à PF desconhecer os ataques. Walter confessou à PF ter invadido o Telegram de diversas autoridades públicas, dentre elas o ministro da Justiça Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da Lava Jato em Curitiba.
A PF entendeu que não há mais justificativa para manter a prisão temporária de Danilo Marques , que prestou depoimento e teve seu celular apreendido. O pedido está no Ministério Público Federal para manifestação a respeito. Em seguida, caberá à 10ª Vara da Justiça Federal do DF decidir sobre a revogação. Caso o pedido seja deferido, a PF terá que providenciar o transporte dele de volta para São Paulo, segundo determinação da 10ª Vara.
Sobre os outros três alvos - Delgatti Neto e o casal Gustavo Henrique Elias Santos e Suelen Oliveira, ainda não houve definição da PF sobre se irá solicitar a soltura deles ou se pedirá conversão em prisão preventiva. As temporárias vencem nesta quinta-feira. Fontes ligadas à investigação avaliam que a tendência é mantê-los presos por mais tempo, para melhor elucidação dos fatos. Os policiais estão analisando o material apreendido e tentando acessar os celulares dos alvos.
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As autoridades ainda estão encontrando dificuldades para rastrear as movimentações financeiras dos quatro alvos. A Justiça Federal não localizou as empresas responsáveis pelas criptomoedas deles, que podem ter sido um dos métodos usados para ocultar pagamentos pelos ataques hacker , na avaliação de investigadores. Por isso, a Justiça solicitou à PF que faça as diligências necessárias para localizar as empresas e bloquear valores ligados aos quatro alvos da operação.