Citada inicialmente como possível candidata a prefeita, Ana Estela Haddad, mulher do presidenciável derrotado no ano passado Fernando Haddad, discute com a direção do PT a entrada na disputa por uma vaga de vereadora em São Paulo em 2020.
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A expectativa é que Ana Estela Haddad seja uma das puxadoras de voto da chapa petista na cidade e ajude a reforçar o tamanho da bancada na Câmara Municipal.
Em São Paulo, o PT ainda não tem um nome forte para disputar a prefeitura. O partido deve começar a debater, em agosto, a construção de uma chapa que seja considerada competitiva para as eleições de 2020. Em todo o Brasil, o partido planeja alianças com outros partidos de esquerda, como o PSOL, para se contrapor aos candidatos apoiados pelo presidente Jair Bolsonaro.
"O partido inicia em agosto uma série de debates sobre a cidade e a ideia é ter uma candidatura com chance de ganhar a eleição", afirma o deputado estadual Paulo Fiorilo, presidente do PT de São Paulo.
A ideia da ex-primeira-dama concorrer à prefeitura de São Paulo não empolgou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, apesar de estar preso há um ano e três meses em Curitiba, continua dando a palavra final em todas as decisões importantes que envolvem o partido.
A própria Ana Estela também avaliou que não seria oportuno entrar na disputa pelo cargo que já foi de seu marido num momento de polarização política. Na eleição do ano passado, a família de Haddad foi alvo de ataques de apoiadores de Jair Bolsonaro nas redes socais.
A mulher do presidenciável é professora do Departamento de Odontologia da Universidade de São Paulo. Nos governos de Lula e Dilma Rousseff, trabalhou nos ministérios da Saúde e da Educação. Nesse período, foi um das idealizadoras do Prouni, o program que dá bolsa de estudos em universidades privadas a alunos de baixa renda.
Durante eleição do ano passado, Ana Estela acompanhou o marido em boa parte das atividades de campanha pelo país e chegou a discursar em pelo menos uma oportunidade. Caso consolide a candidatura a vereadora, ela deve ter como bandeiras temas relativos à educação, à primeira infância e às mulheres.
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Por enquanto se apresentaram como pré-candidatos petistas à prefeitura de São Paulo os deputados Carlos Zarattini e Paulo Teixeira, o vereador Eduardo Suplicy e o ex-deputado Jilmar Tatto. O ex-ministro Aloizio Mercadante e Fernando Haddad também são citados como possíveis nomes, mas ambos descartam totalmente a possibilidade de concorrer.