O Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público estadual, com apoio da Subsecretaria de Inteligência da Polícia Civil, prendeu na tarde desta terça-feira (2), na comunidade de Rio das Pedras, em Jacarepaguá, o miliciano Júlio Cesar Veloso Serra, um dos homens de confiança do também miliciano Manoel de Brito Batista, vulgo Cabelo, que estava foragido desde a deflagração da Operação Intocáveis, em janeiro deste ano.
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Júlio Cesar é o 10° miliciano preso dos 13 denunciados que tiveram a prisão decretada pela Justiça, restando ainda serem efetuadas as prisões de Adriano Magalhães da Nóbrega, Gerardo Alves Mascarenhas, o “Pirata”, e Fabiano Cordeiro Ferreira, o “Mágico”.
Crime organizado
A Operação Intocáveis foi deflagrada em 22 de janeiro deste ano para prender integrantes de organização criminosa que atua nas comunidades de Rio das Pedras, Muzema e outras áreas, na zona oeste do Rio .
As investigações, realizadas por meio de escutas telefônicas e notícias de crime recebidas pelo canal Disque Denúncia, evidenciaram que os denunciados estavam envolvidos com atividades de grilagem, construção, venda e locação ilegais de imóveis, receptação de carga roubada e posse e porte ilegal de arma.
Os milicianos também são acusados por extorsão de moradores e comerciantes mediante cobrança de taxas referentes a serviços prestados; ocultação de bens adquiridos com os proventos das atividades ilícitas, por meio de ‘laranjas’; falsificação de documentos; pagamento de propina a agentes públicos; agiotagem; utilização de ligações clandestinas de água e energia; uso da força como meio de intimidação e demonstração de poder para manutenção do domínio territorial na região de Jacarepaguá.
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Agentes do Gaeco, após monitoramento e ações de inteligência, conseguiram prender o foragido no momento em que Júlio Cesar se dirigia para um dos locais utilizados como esconderijo.
O miliciano foi apresentado na Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco), onde foi ouvido e, depois, será transferido para um presídio do Estado. Ele ficará à disposição da Justiça, aguardando julgamento.