Uma foto compartilhada nas redes sociais de um colégio particular da Grande Vitória, no Espírito santo, revoltou internautas nesta quarta-feira (26). A imagem mostra um professor da instituição que se pintou de preto e se fantasiou de "Nega maluca" para participar de um evento junino. O homem foi acusado de racismo ao praticar o chamado "black face".
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O black face acontece quando uma pessoa usa características raciais como fantasia. Geralmente as pessoas colorem o rosto com tinta preta, como fez o professor , para se parecer com algum personagem em tom de 'brincadeira'.
No Twitter, a discussão sobre o tema ganhou grandes proporções. "Se um professor faz black face na escola e não é repreendido pela equipe e nem os alunos percebem o problema, tem alguma coisa errada com todo mundo", escreveu um usuário.
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"Para aqueles que não entendem o porquê de black face ser racista, aí vai uma explicação: O fato de utilizar-se de estereótipos histórico-sociais negativos para significar o papel do negro na sociedade caracteriza, sim, como racismo, pois reforça o estigma social dos negros no Brasil, pontuou outra pessoa.
Após a repercussão negativa, a imagem foi apagada das redes sociais do colégio, que, por nota, informou que os professores tiveram liberdade criativa para escolher a fantasia para o evento "UP Day Junino".
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"Tão logo tomou conhecimento do fato, o professor - que, com certeza, não estava mal-intencionado - foi orientado sobre a questão. O UP se orgulha em ser uma instituição comprometida com o ensino de qualidade, pautado nos mais rígidos controles éticos e na excelência dos seus profissionais e que respeita e apoia as lutas e movimentos pela igualdade de todos", disse a direção da escola.