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Operação da Polícia Civil mira grupo criminoso comandado por Orlando Curicica, que é considerado uma das principais milícias do Rio de Janeiro

cartaz de marielle
Fernando Frazão/Agência Brasil - 10.5.18
Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes foram assassinados em março do ano passado


O policial militar Rodrigo Jorge Ferreira, conhecido como Ferreirinha, foi preso na manhã desta sexta-feira (31) no Rio de Janeiro. Ele é acusado pela Polícia Federal de atrapalhar as investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes. 

Além dele, outras sete pessoas foram presas em uma operação comadada por policiais da Delegacia de Homicídios do Rio. Elas são suspeitas de integrar uma das principais milícias do estado, que era comandada por Orlando Oliveira de Araújo, o Orlando Curicica. A milícia em questão atua nas comunidades de Curicica, Terreirão, Boiúna, Santa Maria, Lote 1000, Jordão e Teixeiras, na zona oeste da capital fluminense.

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A operação é resultado de investigações que começaram com a apuração dos assassinatos de  Marielle  e  Anderson, em março do ano passado. Na época, Orlando  Curicica , que está preso desde 2017, era um dos suspeitos do duplo homicídio e foi apontado como responsável por vários crimes na zona oeste.

Entre os alvos da ação desta sexta estão quatro policiais militares e um bombeiro. Além dos mandados de prisão, estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão em batalhões da Polícia Militar e dos bombeiros e em celas de presídios onde estão alguns dos acusados.

policial civil de costas
Tânia Rêgo/ABr
Operação da Polícia Civil contra a milícia é resultado de investigação da morte de Marielle Franco

O grupo, segundo a Polícia Civil , atua na exploração ilegal de serviços como transporte, lazer, alimentação e segurança, na cobrança de taxas de proteção aos comerciantes da localidade e de pedágios aos trabalhadores de transporte alternativo (vans e mototáxis), além do controle de associações de moradores das regiões.

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milícia é acusada de cometer crimes com “extrema violência”, incluindo execução de testemunhas e tentativas de homicídio de autoridades responsáveis pelas investigações.