No último domingo (19), uma chacina deixou 11 mortos em um bar localizado no bairro do Guamá, em Belém, capital do Pará. Na tarde de sexta-feira (24), o Sistema de Segurança Pública divulgou que as investigações realizadas pela Polícia Civil já desvendaram as mortes. Ao todo, oito pessoas estão envolvidas. Há quatro policiais militares entre os acusados.
Neste sábado (25), José Maria da Silva Noronha, cabo da reserva da Polícia Militar, que estava com mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça, se apresentou à Divisão de Homicídios da Polícia Civil. Ele é a sexta pessoa presa por suspeito de envolvimento no caso da chacina .
Na sexta, o policial Wellington Almeida Oliveira foi preso durante a operação Kratos, deflagrada pela Polícia Civil em conjunto com a Polícia Militar para cumprir mandados de prisão decretados pela Justiça. Ainda no final da tarde de ontem, o PM Pedro Josimar Nogueira da Silva se entregou na sede da Delegacia-Geral, em Belém .
Além dos policiais, as outra três pessoas presas são: Edivaldo dos Santos Santana; Aguinaldo Torres Pinto; Jaisson Costa Serra. Ainda estão foragidos um homem identificado como Diel, e os policiais militares Fernandes de Lima e José Maria da Silva Nogueira.
O secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social, Uálame Machado, esclareceu que nem todos os presos estão envolvidos diretamente na ação criminal, mas têm participação no suporte, na logísticas e no acompanhamento dos possíveis alvos do crime.
"Cada um teve sua participação e todos eles contribuíram de alguma forma para a chacina", pontua Machado. Em relação à motivação do crime, o secretário reservou ainda a mantê-las em sigilo até o final do inquérito.
Segundo o secretário, até o prazo final das investigação, a meta é localizar as pessoas que estão foragidas, consideradas as principais envolvidas na chacina , para que sejam ouvidas em depoimento e confirmem uma das duas hipóteses de motivação do crime existentes no inquérito.