Além dos mais de 100 bombeiros que trabalham ininterruptamente no resgate de moradores dos prédios que desbaram na comunidade da Muzema , na zona oeste do Rio de Janeiro, efetivos com ao menos 30 técnicos e engenheiros do Exército reforçam as buscas desde sexta-feira (12).
Leia também: Dois prédios desabam em comunidade no Rio e deixam mortos e feridos
Ao menos 15 pessoas são consideradas desaparecidas nos escombros dos dois prédios que desabaram na última sexta-feira (12). O Comando Militar do Leste informou hoje (14) que os militares trabalham principalmente na retirada de escombros, na quebra de lajes e na abertura de passagens para as equipes de busca dos bombeiros.
O risco constante de novos desabamentos limita o emprego de máquinas pesadas nessa tarefa, segundo o Exército. Mesmo assim, o trabalho conta com a ajuda de um trator multiuso, uma retroescavadeira, um caminhão com munck, um compressor de ar, tesouras elétricas, tesourão manual e martelete com rompedor.
Leia também: Sobe para oito número de vítimas após desabamento de prédios no RJ
Ontem (13), o coordenador da operação de salvamento, coronel bombeiro Luciano Sarmento, disse que pessoas soterradas pelo desabamento de prédios têm mais chance de sobreviver que no caso de soterramento por terra.
O motivo é que as estruturas podem formar ambientes abertos no interior dos escombros, permitindo que as vítimas continuem a respirar. "Há relatos de pessoas que sobreviveram até sete dias", explicou o bombeiro.
Sete corpos foram retirados já sem vida dos escombros, e duas pessoas que chegaram a ser hospitalizadas morreram em decorrência dos ferimentos. Dos 10 resgatados que sobreviveram, quatro continuam internados.
Leia também: Sobrevivente volta à Muzema e relata o resgate: "Escavei com as mãos"
Construídos em uma área de encosta, os prédios vieram abaixo depois de uma semana de chuvas intensas no Rio de Janeiro. Para o dia de hoje, o centro de operações da Prefeitura do Rio de Janeiro prevê a possibilidade de mais chuva de moderada a forte na parte da tarde. O trabalho dos bombeiros e milirares continuará firme.