Familiares de vítimas do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, na grande Belo Horizonte, se reuniram nesta segunda-feira (8) com representantes do Ministério Público do Trabalho de Minas Gerais (MPT-MG). Os parentes cobram o cumprimento de acordos feitos com a Justiça.
Mais de dois meses depois do rompimento da barragem , moradores e parentes de vítimas de Brumadinho afirmam que os combinados feitos com a Vale após a tragédia não estão sendo integralmente cumpridos pela empresa. Eles reivindicam a emissão dos comunicados de acidente de trabalho (CATs), os pagamentos dos auxílios creche e educação e o acompanhamento médico e psicológico.
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Além disso, muitas pessoas foram à reunião em busca de informações. Eles não sabem, por exemplo, se com o fim do contrato em função da morte do trabalhador a família teria direito a receber os valores de aviso prévio, multa de 40% e FGTS.
Todos as falas da audiência foram gravadas para facilitar o acesso da Justiça às reclamações. Os procuradores orientam os familiares a não fazer negociações individuais com a Vale , apesar de a mineradora ter informado que eles poderiam optar por acordos desse tipo.
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Atualmente, aguarda julgamento uma ação coletiva do MPT que pede R$ 5 milhões de indenização e uma pensão vitalícia para cada família que perdeu um parente no rompimento da barragem . A Vale já foi obrigada a pagar, a partir de maio, ⅔ do salário do trabalhador às famílias até o fim do processo.