Palco de massacre em Suzano, escola Raul Brasil foi reformada para receber alunos após atendado
Divulgação/Governo de São Paulo
Palco de massacre em Suzano, escola Raul Brasil foi reformada para receber alunos após atendado

O adolescente tido pela Polícia Civil e o Ministério Público como mentor intelectual do massacre em Suzano presta novo depoimento no Fórum de Suzano nesta quinta-feira (4). Esta é a segunda audiência da qual ele participa desde que foi preso, no dia 19 de março.

A tese da investigação é de que este jovem teria planejado o massacre em Suzano junto com os dois assassinos, que se suicidaram no dia do ataque à Escola Estadual Professor Raul Brasil . A defesa, por sua vez, afirma que ele admitiu que chegou a conversar com o assassino mais novo sobre atacar a escola, mas que  isso era uma “fantasia” e não um plano, e ele, portanto, não ajudou na execução.

O jovem foi detido seis dias após o massacre e está em uma unidade da Fundação Casa desde então. O Ministério Público afirma que a prisão se deu após diligências da polícia analisarem o conteúdo de celular e tablet do jovem que indicam a participação dele no planejamento das mortes em Suzano .

Uma semana depois, no dia 26 de março, o adolescente participou da primeira audiência , quando foram ouvidas também 17 testemunhas. Desta vez, segundo o Tribunal de Justiça, duas testemunhas serão ouvidas, mas o TJ ainda não informou se são de defesa ou acusação.

Depois da última audiência,o advogado do adolescente, Marcello Feller, disse em entrevista coletiva que não pode divulgar detalhes do processo, que corre em segredo de justiça, mas que outras pessoas ainda devem ser ouvidas. Para ele, essa seria uma oportunidade em que "novas provas serão produzidas".

De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, a internação provisória de um menor de idade pode durar no máximo 45 dias, a partir da data da apreensão. Portanto, neste caso a Justiça terá até o dia 2 de maio para julgar se o adolescente participou ou não do atentado.

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O massacre em Suzano , na Grande São Paulo, aconteceu no dia 13 de março. Dois ex-alunos atacaram a Escola Estadual Professor Raul Brasil a tiros, deixando dez mortos e 11 feridos. Eles também estavam armados com um arco e flecha, uma besta e um machado.

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