A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu reduzir em dois anos e seis meses a pena da leiloeira Elize Matsunaga, condenada em 2016 pelo assassinato de seu marido, o empresário Marcos Matsunaga. Segundo o tribunal, a redução da pena de 18 anos e nove meses de reclusão para 16 anos e três meses se deve ao fato da réu ter confessado o crime.
O crime foi cometido em 19 de maio de 2012. De acordo com a denúncia, Elize Matsunaga matou o marido e, na tentativa de ocultar o crime, desmembrou o cadáver. Presa semanas depois do assassinato, ela foi condenada pelo tribunal do júri a 18 anos e nove meses de reclusão pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver. A sentença foi mantida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.
No pedido de habeas corpus dirigido ao STJ , a defesa alegou que a atenuante de confissão deixou de ser aplicada pela Justiça de São Paulo sob o fundamento de que a ré, ao relatar os fatos, apenas tentou justificar sua conduta e reduzir a própria responsabilidade pelo crime. No entanto, segundo a defesa, a confissão apresentada por Matsunaga foi rica em detalhes, o que possibilitou ao conselho de sentença o reconhecimento de que ela foi a autora do delito.
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Relembre o caso de Elize Matsunaga
Segundo Elize, durante uma das várias brigas do casal, ela deu um tiro na têmpora de Marcos Matsunaga . Com uma faca de cozinha, ela dividiu o corpo em seis partes, as colocou em malas de viagem e livrou-se delas em uma mata em Caucaia do Alto, na Grande São Paulo.
No dia 27 de maio de 2012, foram encontradas as partes do corpo de Marcos, inclusive a cabeça, na região de Cotia. No dia 28, foi feito o reconhecimento formal do corpo pela família do empresário.
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Um das advogadas de Elize Matsunaga , Roselle Soglio, afirmou: "Ela fez isso por desespero. Desespero de uma mãe que ia perder sua filha. Abandonar as partes do corpo foi apenas uma consequência desse desespero, porque não encontrou outra saída".