Suspeito de clonar carro usado no assassinato de Marielle foi executado

Agora, a polícia procura por responsável pela montagem do carro, que está foragido da Justiça; outras duas mortes podem estar ligadas ao crime

Cobalt Prata que teria sido usado por Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz no dia do assassinato de Marielle
Foto: Reprodução
Cobalt Prata que teria sido usado por Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz no dia do assassinato de Marielle

A Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro investiga se o suspeito de ser responsável pela clonagem do veículo usado pelos assassinos da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista, Anderson Gomes, foi morto como "queima de arquivo". As informações são do jornal O Globo .

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Lucas do Prado Nascimento da Silva, conhecido como Toddynho, foi executado no dia 3 de abril do ano passado, menos de um mês depois do assassinato. Ele teria sido o responsável por alterar os documentos do veículo, um Cobalt prata, usado pelos assassinos de Marielle

De acordo com o inquérito da Polícia Civil, Toddynho teria sido executado quando fazia a entrega de outro carro na zona oeste, também clonado, e foi vítima de uma emboscada na Avenida Brasil. Ele foi morto quando a polícia já estava procurando o Cobalt e o suspeito pela clonagem. 

Agora, a polícia procura por Antônio Carlos Lima da Silva, conhecido como Nem Queimadinho, que está foragido da Justiça. Ele é suspeito de ter sido responsável pela montagem do veículo, a adulteração do chassis e do número de identificação.

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Um ano após o assassinato da vereadora , a polícia já identificou mais duas mortes que podem estar ligadas ao crime. A primeira é a do líder comunitário Carlos Alexandre Pereira Maria, o Alexandre Cabeça, colaborador informal do vereador Marcelo Siciliano (PHS), que foi mencionado no inquérito.

A polícia também investiga a morte do empresário Marcelo Diotti da Mata, no mesmo dia do crime, no estacionamento de um restaurante. Marcelo era marido da ex-mulher de Cristiano Girão, que havia acabado de sair da prisão e era acusado de ser chefe da milícia da Gardênia Azul. Quando ele foi preso, Ronnie Lessa, um dos detidos por ser o executor da vereadora, teria assumido o controle do grupo criminoso. 

Lessa e o ex-policial militar Élcio de Queiroz se tornaram réus pelo assassinato de Marielle e Anderson na última sexta-feira e responderão à ação penal por duplo homicídio triplamente qualificado. Agora a polícia investiga o possível mandante do crime.