Preso desde o dia 16 de dezembro, João de Deus já foi denunciado por abuso sexual e posse ilegal de armas
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Preso desde o dia 16 de dezembro, João de Deus já foi denunciado por abuso sexual e posse ilegal de armas


O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Nefi Cordeiro negou nesta sexta-feira (8) mais um pedido de prisão domiciliar feito pela defesa do médium João de Deus, preso por acusações de violação sexual mediante fraude e de estupro de vulnerável.

No pedido de habeas corpus, a defesa de João de Deus alegou que o médium não tem condições de permanecer no presídio por ter 77 anos, sofrer de doença coronariana e vascular, além de ter sido operado recentemente de um câncer no estômago.

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A defesa também sustentou que o líder espiritual não chegou a sacar aplicações financeiras, mas somente fez um pedido, que não chegou a ser preenchido ou assinado. Este foi um dos motivos usados pelo Ministério Público para justificar a prisão por risco de fuga. 

Ao negar o pedido de liberdade, o ministro entendeu que a prisão se justifica porque os valores foram movimentados por uma terceira pessoa ligada ao médium.

Cordeiro também afirmou que há relatos de ameaças a testemunhas para que não denunciassem os abusos. O ministro disse ainda que a Justiça de Goiás, que determinou a prisão, informou que tem como garantir o atendimento médico ao médium.

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Alvo de acusações de mais de 250 mulheres desde o início de dezembro, o líder espiritual que prestava atendimentos na Casa Dom Inácio de Loyola é réu por violação sexual mediante fraude e estupro de vulneráveis. Esse processo, que tramita no Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), trata de supostos crimes cometidos contra quatro mulheres no período de abril a outubro do ano passado. 

O médium também já foi indiciado, juntamente à sua esposa, Ana Keyla, por porte ilegal de armas. O inquérito foi aberto após a Polícia Civil apreender revólveres e pistolas em endereços de João de Deus. Também foram encontradas quantias de dinheiro em espécie que somam R$ 1,2 milhão, além de pedras preciosas. Esse último item, bem como um computador apreendido, ainda está sendo analisado pela perícia.

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João de Deus foi preso no 16 de dezembro do ano passado sob a acusação de violação sexual mediante fraude e de estupro de vulnerável, crimes que teriam sido praticados contra centenas de mulheres na instituição em que atendia pessoas em busca de atendimento espiritual, em Abadiânia (GO).

*Com informações da Agência Brasil

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