A Defesa Civil de Minas Gerais e o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais confirmaram, na tarde desta quarta-feira (6), que o número de mortos na tragédia de Brumadinho subiu para 150. Ainda de acordo com as autoridades, 182 vítimas seguem desaparecidas.
Cerca de 380 homens deram início aos trabalhos no 13º dia de buscas na cidade de Brumadinho , onde uma barragem da mineiradora Vale se rompeu. De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar do estado, além do efetivo, as equipes contam com o auxílio de 21 máquinas pesadas e quatro caminhões.
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Ainda nesta quarta-feira (6), as cinco pessoas que foram presas no dia 29 de janeiro, acusadas de envolvimento no rompimento da barragem, serão soltas após uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Três deles sõa funcionários da própria Vale e dois são consultores que atestaram a segurança da barragem que se rompeu.
Entenda a tragédia de Brumadinho
No início da tarde da última sexta-feira (25) uma barragem 1 da Mina Córrego do Feijão , que pertence a empresa Vale, se rompeu na cidade da Região Metropolitana de Belo Horizonte. O município foi invadido pela lama e pelos rejeitos de minerio e centenas de pessoas ficaram desaparecidas.
Muitas vítimas são funcionários ou terceirizados da própria Vale , que tinha um complexo administrativo no local. O refeitório da empresa ficava muito perto da barragem rompida e foi totalmente soterrado.
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Integrantes do governo federal já admitiram que não será possível resgatar os corpos de todas as vítimas da tragédia em Minas Gerais. “Este é um episódio de muita gravidade. Algumas pessoas, triste e lamentavelmente, não serão recuperadas", disse o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, após reunião do comitê de crise montado pelo Palácio do Planalto para acompanhar a situação.
Após a tragédia de Brumadinho , dois engenheiros que atestaram a segurança da barragem, além de três funcionários da Vale, foram presos. O governo federal já afirmou que "tomará medidas" para impedir tragédias parecidas e falou em aumentar a fiscalização. Hospitalizado por conta de uma cirurgia, o presidente Jair Bolsonaro viajou à cidade mineira antes de ser internado.