Família do Mato Grosso do Sul é acusada de tráfico de drogas e armas que abastecem o crime organizado no Rio
Vladimir Platonow/Agência Brasil - 22.9.17
Família do Mato Grosso do Sul é acusada de tráfico de drogas e armas que abastecem o crime organizado no Rio

A Polícia Civil cumpre, nesta quinta-feira (17), 19 mandados de prisão preventiva contra acusados de integrar uma quadrilha especializada no tráfico interestadual de drogas e armas. A operação, apelidada de Bad Family, investiga  uma quadrilha especializada no tráfico interestadual de drogas e armas. Os acusados foram detidos nos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul.

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Segundo o o delegado Fabio Asty, titular da 25ª DP do Rio de Janeiro, treze pessoas já foram detidas por tráfico . Além das prisões, as autoridades ainda cumprem 18 mandados de busca e apreensão. O grupo é acusado de fornecer drogas, armas e munições aos complexos do Alemão, Maré, Lins e Jacaré, na capital fluminense, informou a polícia. Eles também são ligados ao abastecimento de ilicitos em Cabo Frio e Nova Friburgo, também no estado do Rio de Janeiro e em Cachoeiro de Itapemirim, no Espirito Santo.

A quadrilha seria capitaneada por uma família de Paranhos, em Mato Grosso do Sul, na fronteira com o Paraguai, que também atua no agronegócio e que utilizava uma fazenda para servir de entreposto de recebimento e distribuição de armas e munições. O negócio agrícola da família também é, segundo a Polícia Civil, usado na lavagem do dinheiro obtido com o comércio ilícito.

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 Para a Polícia Civil, o líder da organização criminosa é Edson Ximenes Pedro, conhecido como " Pelincha ", que contaria com a ajuda da esposa, dos irmãos e de um cunhado para manter sua operação criminosa. 

Nascido em Mato Grosso do Sul, Edson é  um dos principais concorrentes de Marcelo Pinheiro Veiga, o Marcelo Piloto , que foi preso em 2017 no Paraguai e extraditado para o Brasil no fim do ano passado. Piloto é um dos líderes da facção criminosa Comando Vermelho e chegou a matar uma mulher dentro de sua cela para tentar evitar a extradição para o Brasil.

A quadrilha alvo da operação de hoje movimentava, de acordo com a polícia, R$ 200 milhões por ano e fornecia até duas toneladas de maconha e 500 quilos de cocaína por dia a facções criminosas do Rio de Janeiro e do Espírito Santo.


Edson Ximenes já havia sido preso em 2013 pela Polícia Federal e cumpriu pena por tráfico de drogas e associação para o tráfico. Após pedir progressão para o regime semiaberto, ele não voltou a se apresentar e é dado como foragido.

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