O governo do Ceará transferiu vinte presos, na madrugada desta quarta-feira (9), para a Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. A ação é conjunta entre o governo estadual, o Departamento Penitenciário Nacional e a Polícia Rodoviária Federal. Segundo o Ministério da Justiça, a transferência teve início às 2h da manhã de hoje e foi finalizada às 4h30.
Com esses, somam-se 21 o número de detentos que foram transferidos do Ceará para presídios federais de segurança máxima, desde que teve início a maior onda de violência já registrada no estado. Também nesta quarta-feira, completa-se uma semana dos ataques, que estão tirando o sono dos cearenses desde a noite da quarta-feira (2), logo no início do ano.
As vagas no presídio do estado vizinho, foram disponibilizadas na última sexta-feira (4), mas a transferência só foi efetivada após definições dos presos e pedidos feitos pelo estado. A transferência envolveu ainda o Ministério Público e o Poder Judiciário do estado, além da Justiça Federal de Mossoró.
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Agora, a partir do presídio federal, os presos serão redistribuídos entre as demais quatro unidades prisionais do Ministério da Justiça. “Novas vagas poderão ser deferidas para o estado”, informou a pasta. O número de presos que irá para cada presídio e a identidade deles não serão divulgados à imprensa.
O governador cearense, Camilo Santana (PT), informou hoje que as forças de segurança do estado já haviam efetuado a prisão de 168 pessoas suspeitas de envolvimento em ataques criminosos dos últimos dias no estado.
Até a madrugada de hoje, foram confirmados 167 ataques em 42 dos 184 municípios cearenses. Os criminosos incendiaram ônibus, transportes escolares, prédios públicos e comércios na capital e no interior.
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Em entrevista à GloboNews , Santana afirmou que o governo do Ceará vai endurecer as medidas contra a entrada de celulares nas unidades prisionais. Ainda de acordo com ele, a onda de violência é uma reação a uma "ação forte que o governo está realizando dentro do sistema prisional" e o governo não vai recuar.
* Com informações da Agência Brasil.