Só na região metropolitana de Fortaleza, pelo menos quatro ônibus foram incendiados durante a madrugada desta terça-feira (8), a sexta de terror em todo o estado. Com isso, hoje já é o sétimo dia consecutivo da onda de violência que atinge o Ceará.
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Dois desses ataques ocorreram contra coletivos que faziam linhas de transporte da madrugada em bairros de Messejana, em Fortaleza. Outra ocorrência foi notificada no município de Aracati, região metropolitana do Ceará , onde bandidos atearam fogo em um ônibus da prefeitura, que estava estacionado na rodoviária da cidade.
Além desses, também foi registrado um incêndio em um micro-ônibus que transportava passageiros em Maranguape, também na região metropolitana do estado. Por conta dos ataques, as empresas de transporte público que operam na Grande Fortaleza chegaram a tirar os veículos de circulação durante a madrugada, retomando o serviço no início da manhã.
Porém, não só o transporte público tem sofrido com a onda de violência que chegou ao estado em 2019. Afinal, a imprensa local informa que um carro de uma autoescola também foi queimado nesta semana. Na ocasião, dois ocupantes estavam dentro do veículo, no bairro Jangurussu, em Fortaleza. Ambos ficaram feridos, mas sem risco de morte.
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Ainda na noite de ontem (7), uma criança de cinco anos morreu após ser baleada em Eusébio, cidade da região metropolitana de Fortaleza. Um jovem de 15 anos também foi atingido e segue internado. Sobre ambos os casos, não há informações sobre a motivação do crime nem se teria alguma relação com a onda de ataques que vem ocorrendo no estado.
O que se sabe que há relação com os ataques foi uma tentativa de explosão em uma ponte, na madrugada de hoje. Criminosos também tentaram explodir a Ponte dos Tapebas, localizada na BR-222, no município de Caucaia, por volta das 2h. A explosão danificou parte do piso da ponte, fazendo um buraco no local e causando a interdição do viaduto.
Somados esses ataques, sobe para 160 o número de ocorrências notificadas contra veículos, prédios públicos e comércios desde o início da crise na segurança pública do estado, na semana passada.
Os crimes são atribuídos a facções criminosas que atuam no estado, como o Comando Vermelho (CV) e os Guardiões do Estado (GDE). Os atos seriam de retaliação, após o anúncio do secretário de Administração Penitenciária, Luís Mauro Albuquerque, do endurecimento de regras no sistema prisional do estado.
Os ataques dessa madrugada ocorreram também poucas horas depois do Ministério da Justiça e Segurança Pública, comandado por Sergio Moro, ter anunciado o envio de um efetivo extra de agentes da Força Nacional de Segurança para o estado, que vão se somar aos 330 homens que já haviam chegado na região no último sábado (5).
Segundo o balanço mais recente, pelo menos 148 pessoas foram presas suspeitas de envolvimento nos ataques. O clima na capital cearense é de uma certa apreensão e de grandes dificuldades para população, especialmente no transporte público.
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Além dos problemas com o transporte público, Fortaleza sofre com problemas na coleta de lixo, que se acumula nas ruas e principais avenidas da capital do Ceará
. Isso porque, com o avanço dos ataques, as empresas que atuam na limpeza do estado também reduziram a circulação de caminhões que recolhem os resíduos na cidade.
* Com informações da Agência Brasil.