Preso preventivamente em Aparecida de Goiânia pro acusações de abusos sexuais, João de Deus pode ser chefe de organização criminosa
Marcelo Camargo/ABr
Preso preventivamente em Aparecida de Goiânia pro acusações de abusos sexuais, João de Deus pode ser chefe de organização criminosa


Preso preventivamente no Núcleo de Custódia de Aparecida de Goiânia por suspeitas de abusos sexuais, o médium João de Deus pode ter envolvimento também com uma organização criminosa. É o que suspeita o juiz Liciomar Fernandes da Silva, que determinou sua prisão por porte de armas na última sexta-feira (21).

De acordo com o magistrado, as suspeitas de que João de Deus chefia uma organização criminosa aumentaram após a apreensão de notas de dinheiro, pedras preciosas em armas em seis de suas residências espalhadas por Goiás. O juiz acredita que o médium pode ter comando sobre ações ilegais na cidade de Abadiânia, onde funciona a Casa Dom Inácio de Loyola.

Na última sexta-feira (21), a polícia civil encontrou uma mala escondida em um fundo falso de um armário em que o médium abrigava cerca de R$ 1,2 milhões em notas . A quantia se juntou aos R$ 405 mil já apreendidos anteriormente .

De acordo com a defesa do líder espiritual, boa parte deste dinheiro foi obtido através de doações dos frequentadores da Casa Dom Inácio de Loyola.

Os mandados de busca e apreensão foram autorizados pelo juiz Liciomar Fernandes da Silva, do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás.

O magistrado é o mesmo que fixou nova ordem de prisão preventiva contra o médium . Essa se deu em razão do porte ilegal de arma verificado a partir da apreensão de revólveres e pistolas em endereços de João.

De acordo com a força-tarefa armada pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) para acompanhar o caso, já chega a 596 o número de denúncias reportadas ao órgão desde que o silêncio sobre os supostos crimes foi quebrado, em 6 de dezembro, por meio de reportagem do programa Conversa com Bial (TV Globo).

Já foram identificadas 255 possíveis vítimas do médium, das quais 75 já foram ouvidas formalmente 75 em Goiás e em outros estados até o momento. Segundo o Ministério Público, 23 supostas vítimas relataram ter entre 9 e 14 anos de idade na ocasião em que teriam sido abusadas sexualmente por  João de Deus . Os advogados do médium têm negado reiteradamente as acusações.

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