As obras para recuperação do viaduto da Marginal Pinheiros que está interditado há um mês após ter cedido dois metros devem ser concluídas somente em maio do ano que vem e terão custo aproximado de R$ 30 milhões.
As informações foram transmitidas nesta segunda-feira (17) pela Prefeitura de São Paulo após balanço dos testes para o escoramento e o reerguimento do viaduto , que fica na pista expressa da Marginal Pinheiros, sentido Castello Branco, na altura do Parque Villa Lobos. Segundo a administração municipal, os processos indicaram que a demolição da estrutura seria desnecessária e os trabalhos para reforma já foram iniciados nos dois pilares de apoio e na viga que se rompeu, além da reconstrução do asfalto na via de rodagem.
“Desde o primeiro momento, a prefeitura começou a realizar estudos e avaliações para optar entre a demolição da estrutura e reconstrução do viaduto ou pela recuperação dos danos”, disse o prefeito Bruno Covas (PSDB). “Chegamos à conclusão de que o processo de demolição e reconstrução levaria entre dois anos e meio e três anos, com custo de R$ 70 milhões, enquanto a recuperação, aproveitando a estrutura e o tabuleiro, deve custar menos de a metade desse valor e ser concluída em cinco meses”, continuou.
O valor da obra, segundo a prefeitura, poderá ser ressarcido futuramente pelo governo estadual, mas, em princípio, será desembolsado pela própria prefeitura . A empresa contratada, em caráter emergencial, foi a JZ Engenharia e Comércio. “A prefeitura tem assumido toda a responsabilidade sobre as previdências que estão sendo tomadas no viaduto”, declarou o prefeito.
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As causas do acidente foram apontadas pela prefeitura como uma composição de fatores. Foram identificados fadiga do concreto e defeitos ocultos (não identificáveis em inspeção visual), como a ruptura na parte intermediária de uma viga, que dobrou e se apoiou sobre o pilar. “Vamos reformar os pilares, reparar a viga e fazer o reparo no tabuleiro”, disse o secretário municipal de Infraestrutura e Obras, Vitor Aly.
O secretário explicou que o trabalho para reerguer a estrutura revelou que o viaduto apresentava desgaste desigual. “Depois que colocamos os macacos hidráulicos, a gente percebeu que houve encurtamento não simétrico do tabuleiro. Em um dos lados, teve um encurtamento maior que no outro. No projeto inicial, era para [o tabuleiro] se deformar por igual e simetricamente”, explicou o secretário. Além disso, o ponto que cedeu era onde havia mais tensão de impacto.
Além de recuperar o viaduto da Marginal Pinheiros, a Prefeitura de São Paulo já se comprometeu a contratar laudos para avaliar a situação de 185 pontes e viadutos da capital paulista, a fim de evitar novos acidentes.
*Com reportagem da Agência Brasil