Como secretário, o hoje procurador Antônio Ferreira Pinto enviou líderes o PCC para longe de SP
Marcelo Camargo/ABr
Como secretário, o hoje procurador Antônio Ferreira Pinto enviou líderes o PCC para longe de SP

facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) planeja assassinar o ex-secretário da Segurança Pública Antonio Ferreira Pinto. O plano foi descoberto pela Polícia Militar, conforme revelou reportagem do jornal O Estado de São Paulo . As informações foram confirmadas nesta sexta-feira (30) pelo comandante-geral da PM, coronel Vieira Salles. 

O atentado planejado pela cúpula do PCC  foi descoberto há cerca de 20 dias por meio da interceptação de conversas entre integrantes da organização criminosa. O coronel Vieira Salles não quis detalhar como se daria o plano da facção, mas assegurou que Ferreira Pinto está recebendo proteção da PM e "está bem".

 "Ele é um integrante do Ministério Público, uma pessoa que teve ação muito efetiva no combate ao crime organizado. O plano foi identificado, com fragmentos de informação, e tomamos a melhor medida de proteger, não somente, o secretário, mas um integrante do Ministério Público paulista. Há de se ter responsabilidade com qualquer tipo de informação", limitou-se a dizer o comandante-geral da PM.

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De acordo com as informações publicadas pelo Estadão , criminosos pretendiam matar Ferreira Pinto para mandar um recado ao governo paulista no intuito de interromper o movimento de transferência de líderes da facção para presídios federais.

Procurador de Justiça, Antonio Ferreira Pinto  foi o primeiro a enviar líderes da principal facção criminosa do País para longe do sistema penitenciário paulista, durante suas gestões na Administração Penitenciária (2006 a 2009) e na Segurança Pública (de 2009 e 2012).

A remoção de chefes da facção para presídios federais teve nova rodada na semana passada, quando parte do chamado 'segundo escalão' do Primeiro Comando da Capital teve a transferência autorizada pela Justiça após pedido do Ministério Público de São Paulo (MP-SP).

O governador eleito em São Paulo, João Doria (PSDB), comentou nesta manhã a existência do plano contra a vida de Ferreira Pinto e garantiu que o poder público não irá recuar nas ações contra o crime organizado. "Nós não temos nenhum temor das ações duras que passaremos a exercer em relação a facções criminosas. É bom que fique claro aos que são líderes e aos que pretendem ser líderes [de facção]", disse Doria ao anunciar a composição da nova cúpula da Segurança Pública no Estado .

O plano de assassinar o ex-secretário não é o primeiro descoberto pelas autoridades paulistas antes que o PCC pudesse concretizar. Antes das eleições, já haviam sido identificadas discussões de criminosos para atentarem contra a vida de agentes penitenciários e autoridades devido à proibição de visitas íntimas em Presidente Venceslau (SP), onde a cúpula da facção está presa. As polícias e o MP-SP também se mobilizaram semanas atrás para impedir plano de fuga de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, número um da facção.

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