Além das extorsões e a cobrança das 'taxas de segurança', milícia no Rio explorava ilegalmente os serviços de gás e TV
Divulgação/Polícia Civil - RJ
Além das extorsões e a cobrança das 'taxas de segurança', milícia no Rio explorava ilegalmente os serviços de gás e TV

Oficiais da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) deflagraram, na manhã desta segunda-feira (24), a Operação Gerais, que tem como seu objetivo desarticular milícias que atuam em São Gonçalo e Maricá, na Região Metropolitana do Rio. Mais que uma milícia no Rio, essa operação busca desarticular três grupos de operação ilegal. 

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Até as 11h de hoje, 18 pessoas já haviam sido presas. Ao todo, são 24 mandados de prisão que serão cumpridos pelos agentes. A ação contra o esquema de milícia no Rio , que conta com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual, também cumpre 52 mandados de busca e apreensão.

De acordo com as investigações, a arrecadação mensal da organização criminosa girava em torno de R$ 100 mil por mês, podendo chegar a R$ 1,2 milhão ao ano. Os grupos são acusados de extorquir moradores e comerciantes de comunidades e de explorar serviços ilegais.

Segundo apuração da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí, as quadrilhas assumiam o controle de comunidades antes controladas pelo tráfico de drogas e prometiam levar paz aos comerciantes e moradores.

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Assim que passavam a controlar o território, porém, cobravam uma taxa de segurança que podia chegar a até R$ 12 mil, pagos por estabelecimentos comerciais. Além disso, eles exploravam ilegalmente os serviços de distribuição de gás de botijão e de TV a cabo clandestina.

Estão na mira da força-tarefa três grupos diferentes. A primeira milícia seria chefiada por um homem chamado Anderson Cabral Pereira, o Sassa, que já estava preso. A segunda, seria a de Luis Claudio Freires da Silva, o Zado, que foi preso hoje cedo. Já a terceira milícia era comandada por Wainer Teixeira Júnior, outro homem que já está na cadeia. 

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De acordo com o Ministério Público, uma das quadrilhas atuava nas comunidades do Engenho Pequeno, Zumbi e adjacências, em São Gonçalo; a segunda comandava os bairros de Porto Velho, Porto Novo, Pontal e arredores, também em São Gonçalo; e a terceira milícia no Rio dominava os bairros de Itaipuaçu e Inoã, em Maricá.

* Com informações da Agência Brasil.

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