Fóssil Luzia é considerado o maior tesouro do Museu Nacional
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Fóssil Luzia é considerado o maior tesouro do Museu Nacional

Ainda não se sabe o tamanho do estrago que o  incêndio que tomou conta do prédio do Museu Nacional da Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro fez ao acervo do local. O lugar reúne mais de 20 milhões de itens, divididos em coleções de paleontologia, zoologia, botânica, antropologia, arqueologia, entre outras.

Inaugurado por D.João VI há 200 anos, o Museu Nacional é a mais antiga instituição científica do Brasil e possui uma das mais importantes coleções da América Latina.

Considerado o maior tesouro do museu, um esqueleto batizado de Luzia é o mais antigo encontrado nas Américas e fazia parte da coleção de antropologia. O fóssil é de uma mulher entre 20 e 25 anos e foi encontrado Lagoa Santa, Minas Gerais. O museu também contava com uma rescontrução facial de Luzia.

Coleção de múmias egípcias do Museu Nacional foi arrematada por D.Pedro é a maior da América Latina
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Coleção de múmias egípcias do Museu Nacional foi arrematada por D.Pedro é a maior da América Latina

Outra coleção imporante do local é a de múmias egípcias, a maior da América Latina. A maioria das múmias foi arremetada por D.Pedro em um 1826. Outra relíquia oriunda da África é o trono do Rei de Daomé, que foi um presente dado pelo monarca a D.João XI.

Encontrado no sertão da Bahia, o meteorito Bendegó pesa 5,36 toneladas e é o maior do Brasil
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Encontrado no sertão da Bahia, o meteorito Bendegó pesa 5,36 toneladas e é o maior do Brasil

Outra preciosidade era o maior meteorito já encontrado no Brasil, chamado de Bendegó e pesa 5,36 toneladas. A pedra é de uma região do sistema solar entre os planetas Marte e Júpiter e tem mais de 4 bilhões de anos. O meteorito foi achado em 1784, no sertão da Bahia, na localidade de Monte Santo. Quando foi encontrado era o segundo maior do mundo. A pedra integra a coleção do Museu Nacional desde 1888.

A história do Museu Nacional

Ainda não se sabe quais peças do acervo Museu Nacional resistiram às chamas
Reprodução/Roberto da Silva/Museu Nacional
Ainda não se sabe quais peças do acervo Museu Nacional resistiram às chamas

Criado em 6 de junho de 1818 por D. João VI, o Museu Nacional é uma instituição autônoma, integrante do Fórum de Ciência e Cultura da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e vinculada ao Ministério da Educação.

O museu, que já foi residência da família real portuguesa, contém um acervo histórico de cerca de 20 milhões de itens que vão desde a época do Brasil Império. Em exposição, estavam a coleção egípcia, que começou a ser adquirida po D. Pedro I; a coleção de arte da Imperatriz Teresa Cristina; e o mais antigo fóssil humano já encontrado no país, batizado de "Luzia".

Leia também: Funcionários do Museu Nacional criticam o poder público: "Descaso"

Apesar de sua importância cultural e histórica, o  Museu Nacional também foi afetado pela crise financeira da UFRJ e está há pelo menos três anos funcionando com orçamento reduzido. A instituição chegou a anunciar uma "vaquinha virtual" para arrecadar R$ 100 mil e reabrir a sala mais importante do acervo, onde fica a instalação do dinossauro Dino Prata.

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