Quatro pessoas foram indiciadas pela Polícia Civil de São Paulo por conta da morte do jovem Lucas Antônio Lacerda da Silva, de 22 anos , após choque elétrico durante o pré-carnaval de rua de São Paulo, em 4 de fevereiro deste ano. Os indiciados são representantes de duas empresas contratadas pelo município para organizar e monitorar o carnaval de rua.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o caso será relatado à Justiça como homicídio culposo (sem intenção de matar). O jovem chegou a ser resgatado na Rua Matias Aires, no bairro Consolação, ao lado de um poste semafórico da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), durante o pré-carnaval de rua, e encaminhado para a Santa Casa de São Paulo, mas não resistiu.
Na ocasião, já havia suspeita de que câmeras instaladas pela GWA System para monitoramento do carnaval tivessem provocado o choque elétrico no jovem. A empresa foi contratada pela Dream Factory, vencedora da concorrência da prefeitura de São Paulo para promover o carnaval na cidade.
Em nota, a Dream Factory diz que “recebeu, com indignação, a informação do indiciamento de seus colaboradores, no tocante ao risco de terem assumido a produção do carnaval de rua da prefeitura de São Paulo, uma vez que, após seis meses de investigação, diversos depoimentos e provas foram anexadas ao inquérito em sentido contrário”. A GWA System ainda não se pronunciou sobre o assunto.
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Morte de folião
De acordo com o Corpo de Bombeiros, Lucas foi resgatado na Rua Matias Aires, no bairro Consolação, ao lado de um poste semafórico da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e encaminhado para a Santa Casa de São Paulo.
Segundo a Santa Casa de São Paulo, o paciente deu entrada no dia 4 de fevereiro, sendo reanimado no local do acidente e no transporte para a Santa Casa de São Paulo. Ao dar entrada no pronto-socorro apresentava parada cardiorrespiratória sendo mantida as manobras de reanimação por 30 minutos sem resposta. O óbito foi constatado às 19:01h.
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Na época, a CET destacou, por meio de nota, que as câmeras instaladas no poste, durante o pré-carnaval de rua, “não pertencem à companhia”. Além disso, a CET e o Ilume (Departamento de Iluminação Pública) ressaltaram que não foram consultados nem autorizaram a instalação das câmaras.
* Com informações da Agência Brasil