Irmã e mulher da vereadora Marielle Franco em homenagem à vereadora na Câmara dos Deputados
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Irmã e mulher da vereadora Marielle Franco em homenagem à vereadora na Câmara dos Deputados

Mulher de Marielle Franco por 14 anos, a militante dos direitos humanos e arquiteta Mônica Benício afirmou neste dia dos namorados que a demonstração de afeto era uma das principais formas de luta da vereadora carioca do PSOL a favor dos direitos da população lésbica, gay, bissexual, transexual e intersexual (LGBTI).

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Mônica Benício gravou um vídeo para Anistia Internacional divulgado nesta terça-feira (12) nas redes sociais da entidade. Na próxima quinta-feira (14), os assassinatos de Marielle e do motorista Anderson Gomes completam três meses, ainda sem encontrar os culpados.

"Marielle lutava na causa LGBTI e acho que a maior expressão dessa luta, para além do parlamento, era a divulgação da vida pública dela, que era não esconder o relacionamento que a gente tinha e reforçar que isso era um amor, que era legítimo, que era feliz e que as nossas famílias existem. Eu acho que essa era a principal forma de ela lutar dentro dessa causa", conta Mônica.

Marielle, contou Mônica, gostava de postar diariamente fotos das duas, postura com a qual ela concordava, argumentando que a atitude é uma forma de resistência. "A gente tem que ficar autoafirmando que esse amor é legítimo, e que a gente não vai deixar de amar porque a gente está em um contexto social em que parte das pessoas não acredita que esse amor seja legítimo".

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Mônica agradeceu pelo apoio que tem recebido e disse que é fundamental toda manifestação de carinho, afeto, mobilização e cobrança por justiça, pressionando as investigações e lutando para que não haja mais assassinatos como o de Marielle.

"O apoio tem sido muito grande, e é isso que ajuda a manter a luta e faz com que eu levante de manhã e que dá algum sentido, é saber que existe toda essa rede de afeto mundial".

Veja, abaixo, a íntegra do vídeo gravado para a Anistia Internacional:


Durante a Parada LGBT de São Paulo, em 3 de junho, Mônica defendeu a necessidade de resistência personificada por Marielle , lembrando que o Brasil é um dos países que mais mata a população LGBTI . "A gente não pode deixar que isso continue dessa maneira. O nosso corpo é resistência política", discursou em um dos carros de som.

* Com informações da Agência Brasil

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