Mais uma noite de ataques a ônibus e locais públicos em Minas Gerais. Na noite dessa segunda-feira (4) e madrugada desta terça-feira (5), foram registrados incêndios criminosos nas cidades de Itajubá, Luz, Passos, Tupaciguara, Uberaba, Uberlândia, Varginha, Alterosa, Alfenas, Araxá, Machado, Três Pontas e Ipuiuna. Desde o domingo, o estado tem sido palco de ocorrências violentas em pelo menos 23 cidades, e já são mais de 40 veículos queimados – além de locais públicos atacados.
Na madrugada desta terça, dez ônibus foram atacados nas cidades de Uberlândia, Uberaba, Tupaciguara, sendo que os atos criminosos nesta última foram realizados na rodoviária da cidade. Em Uberaba, no Triângulo Mineiro, a fachada de um supermercado e a janela de um prédio do Ministério Público foram danificadas – ontem, uma agência bancária da cidade também foi atacada. De acordo com a Polícia Militar de Minas Gerais , 11 pessoas foram detidas por ligação aos crimes.
Já nas cidades de Passos, Machado, Alfenas e Itajubá, no sul do estado, outros cinco ônibus do transporte público foram incendiados entre ontem e hoje. Em Passos, um caminhão da CEMIG e uma caminhonete também foram alvejados pelos criminosos.
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Até agora, 40 suspeitos foram detidos em todas as 23 cidades atacadas para prestar depoimento, e pelo menos oito foram presos em flagrante. Felizmente, não há registros de feridos.
Facção criminosa ordenou ataques em Minas Gerais?
Segundo a Polícia Militar do estado, há sim especulações sobre os ataques terem sido realizados a mando de detentos ligados a facções criminosas – especificamente do Primeiro Comando da Capital (PCC) –, o que ganhou força depois de áudios atribuídos aos criminosos serem compartilhados nas redes sociais. Porém, o porta-voz da PM mineira, major Flávio Santiago, afirmou que a veracidade das mensagens foi descartada pelo serviço de inteligência da corporação, que concluiu que os áudios não tinham conexão com os crimes recentes.
Conforme aponta a Agência Brasil, as autoridades estaduais procuram manter em segredo os resultados preliminares das investigações. Contudo, alguns representantes da PM e da Polícia Civil já admitem que uma das hipóteses estudadas seja a de que os ataques tenham realmente sido comandados por líderes da facção criminosa.
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O governador de Minas Gerais
, Fernando Pimentel, determinou às forças de segurança pública que priorizem identificar e punir os responsáveis pelos ataques.
*Com informações da Agência Brasil