O Porto de Santos foi liberado na madrugada desta sexta-feira (1º) pelos 1,6 mil manifestantes que permaneciam no local. A decisão foi realizada após assembleia entre os representantes de três associações e o governador de São Paulo, Márcio França.
Leia também: Postos que não derem desconto no diesel poderão ser multados em R$ 9,4 milhões
A Polícia Militar, as tropas do Exército e da Marinha – que estão no Porto de Santos
desde a quarta-feira – continuarão realizando segurança no local para evitar novas manifestações. Com o anúncio do fim da greve dos caminhoneiros no porto, França garantiu que “o País retornará à normalidade”.
“Os caminhoneiros e o governo do estado fizeram do diálogo o caminho para a solução de um problema que afetou o Brasil. Isso é a prova de que a boa política representa o melhor caminho para enfrentar as crises”, defendeu o governador.
Depois de ficar bloqueado por mais de dez dias, a expectativa é de que o prejuízo somado no Porto de Santos seja de R$ 370 milhões.
Desmobilização da greve
A greve dos caminhoneiros completou 11 dias nesta quinta-feira (31), com alguns pontos de manifestação remanescentes, incluindo o porto na cidade de Santos. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, todas as rodovias federais já tinham sido desbloqueadas ontem.
Leia também: Para reduzir diesel, governo corta R$ 1,2 bilhão de programas como o SUS
Para reforçar os esforços para o fim da greve , o presidente Michel Temer sancionou a lei que prevê a reoneração da folha de pagamento de setores da economia. No entanto, o trecho que eliminava a cobrança de PIS-Cofins sobre o óleo diesel até o fim deste ano, conforme aprovado pelo Congresso, foi rejeitado.
Com isso, o preço reduzido do diesel deve chegar aos postos de combustível no sábado (2), segundo garantiu o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, na noite desta quinta-feira. “O último item que falta para vigorar são os R$ 0,46 que começa a funcionar no dia 2 de junho, e deve ser obedecido pelos postos. Há penalidades previstas, que não gostaríamos que fossem aplicadas a ninguém”, disse.
Leia também: Após pedidos de intervenção militar em atos, MPF apura se houve violação da Lei
No caso de não obediência, Padilha disse que os consumidores devem buscar o Procon para denunciar o posto . Além disso, garantiu que o Ministério da Justiça irá fiscalizar e punir as empresas que não cumprirem o acordo.
Com o desbloqueio no Porto de Santos e a liberação das rodovias, a situação de abastecimento no País deve retornar à normalidade em alguns dias, também de acordo com autoridades do governo.