A Superintendência da Polícia Federal em Brasília informou nesta sexta-feira (25) que está investigando supostos crimes cometidos pelos caminhoneiros mobilizados na greve da categoria, que entrou hoje em seu quinto dia .
De acordo com a Polícia Federal , as associações que promovem bloqueios em rodovias federais serão investigadas por suposta prática de crimes contra a organização do trabalho, a segurança dos meios de transporte e outros serviços públicos.
A medida se dá de modo paralelo à decisão do presidente Michel Temer em autorizar o uso das Forças Armadas para liberar vias interditadas pelos caminhoneiros. Temer justificou o ato alegando que uma "minoria radical" está desrespeitando o acordo selado entre o governo e lideranças dos caminhoneiros, que previa a suspensão da greve pelo período de 15 dias.
A paralisação da categoria e os protestos em rodovias levou o País a enfrentar uma crise de desabastecimento e a redução – ou até mesmo suspensão – de diversos serviços. Em São Paulo, o prefeito Bruno Covas decretou estado de emergência devido à falta de combustíveis – que não chegam aos postos devido aos bloqueios nas rodovias. Já em Brasília, a administração do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek anunciou que o abastecimento está em "estado crítico", o que levou ao cancelamento de voos nesta manhã .
Associação diz que greve continuará
O acordo firmado nessa quinta-feira (24) entre representantes do governo e caminhoneiros não contou com a adesão de todas as entidades que representam a categoria. O presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes, disse hoje que não acredita que os profissionais se desmobilizem nos próximos dias.
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“Este final de semana vai ser para montarmos as estratégias que adotaremos a partir de segunda-feira. Na minha visão, não vamos encerrar o movimento tão cedo”, declarou Fonseca à Agência Brasil .
dois dias.
“Este final de semana vai ser para montarmos as estratégias que adotaremos a partir de segunda-feira. Na minha visão, não vamos encerrar o movimento tão cedo”, declarou Fonseca à Agência Brasil.
“A barra está pesada. A revolta [dos caminhoneiros] está grande e ninguém está querendo sair [da paralisação]. De hoje para segunda-feira eu vou tentar uma manifestação para resolver [o impasse], mas, para isso, eu vou ter que ter uma conversinha com o governo federal”, acrescentou o sindicalista.
A Abcam divulgou nota informando que não concorda com os termos assinados entre o governo e outras associações. “Ao contrário de outras entidades que se dizem representantes da categoria, a Abcam, não trairá os caminhoneiros. Continuaremos firmes com pedido inicial: isenção da alíquota PIS/Cofins sobre o diesel, publicada no Diário Oficial da União ”.
*Com reportagem da Agência Brasil