Frederik Barbieri
, apontado por investigadores como o maior traficante de armas
do Brasil, declarou-se culpado perante a Justiça dos Estados Unidos, nesta quarta-feira (16), por exportação ilegal de armas de fogo, acessórios e munições do estado americano da Flórida para o Rio de Janeiro. As informações são do Serviço de Imigração e Controle de Aduana norte-americano.
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A Justiça dos EUA
deve definir em 19 de julho a sentença de Barbieri
. Especialistas que acompanham o caso avaliam que a pena pode chegar a 25 anos de prisão.
Barbieri foi preso em fevereiro deste ano em Miami. Ele é acusado, entre outros crimes, do envio fuzis e rifles para o Brasil. Ele também responde pelos crimes de formação de quadrilha, com o objetivo de cometer crimes contra os Estados Unidos, e de exportação de artigos de defesa sem licença.
Conhecido como “senhor das armas”, Barbiere uniu-se a outros suspeitos para obter armamentos com números de série apagados e enviar remessas com essas armas para serviços de entrega internacionais sem notificar que tratavam-se de artigos de defesa.
Os investigadores afirmam que ele e os demais envolvidos não tinham licença do Departamento de Estado norte-americano para exportar esse tipo de item.
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Armas escondidas em motores e ar-condicionado
A polícia brasileira interceptou no Rio de Janeiro pacotes enviados por Barbieri
que continham 30 fuzis e revistas sobre armas
, todos escondidos em quatro aquecedores de água.
De maio de 2013 a maio de 2017, o “senhor das armas” enviou ao Brasil outros 120 aquecedores de água, assim como 520 motores elétricos e 15 aparelhos de ar-condicionado usando o mesmo serviço de entrega.
A Justiça norte-americana entende que os itens podem ter sido usados para exportar armas ilegalmente.
Em fevereiro deste ano, agentes norte-americanos encontraram 52 rifles em um depósito alugado por Barbieri em Vero Beach, na Flórida, dos quais 49 foram embalados para ser transportados e tiveram os números de série apagados.
Além dos rifles, foram encontrados revistas sobre armas
, munição e material para embalagem. Após a descoberta, em fevereiro, Barbieri
foi preso.
* Com informações da Agência Brasil
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