Um morador que estava sendo resgatado de um incêndio pelo Corpo de Bombeiros não conseguiu ser salvo a tempo. No momento em que o homem seria alcançado pelos bombeiros, que o mantinham preso por uma corda e um cinto de segurança, o prédio de 24 andares, que estava em chamas, desabou no Largo do Paissandu , no Centro de São Paulo nesta terça-feira (1º).
Os bombeiros ainda não confirmaram a morte do morador
, mas já localizaram a corda e o cinto pelos quais ele estava sendo puxado. As buscas ainda continuam e, além do homem, outras três pessoas estão desaparecidas, segundo o Corpo de Bombeiros. O balanço oficial de feridos e vítimas não foi divulgado.
As chamas do incêndio se espalharam para um outro prédio vizinho e haviam sido controladas na madrugada. O edifício voltou a pegar fogo por volta das 9h da manhã, mas o incêndio foi contido novamente. A Igreja Luterana, localizada ao lado da construção também foi afetada.
As intermediações do Largo do Paissandu estão interditadas e prédios foram evacuados. Os bombeiros afirmam que não há risco iminite de desabamento dos outros edifícios, mas ainda é preciso uma avaliação oficial.
De acordo com o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, e a corporação, a retirada total dos escombros deverá levar uma semana.
Incêndio
Dois prédios foram tomados por um incêndio de grandes proporções na capital paulista na primeira hora do dia. Um deles, desabou por volta das 2h50. Os dois edifícios estão localizados na esquina da avenida Rio Branco com a rua Antônio de Godói, no Largo do Paissandu, centro velho da cidade.
O Corpo de Bombeiros de São Paulo fez uma grande mobilização para conter o incêndio chegando a envolver 57 viaturas e 160 homens de seis grupamentos (1º, 2º, 3º, 4º, 5º e 17º). No início havia apenas 20 viaturas e 45 homens, mas com a gravidade, mais bombeiros foram acionados conforme Twitter da corporação.
O incêndio começou no quinto andar do prédio, conforme relatos de vizinhos. O fogo logo tomou grande proporções, resultando na queda da edificação.
O prédio de 26 andares era uma antiga instalação da Polícia Federal e era ocupada por moradores sem-teto, em torno de 150 famílias, há alguns anos. Ainda se desconhece a origem do incêndio.
Prefeitura sabia do risco
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, declarou na manhã desta terça-feira que a Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social está atendendo as famílias que ocupavam o prédio .
O secretário de Assistência e Desenvolvimento Social, Felipe Sabará, afirmou à Globonews que mais de 90, das 150 famílias que moravam no edifício, já haviam sido atendidas até às 9h de hoje, totalizando 248 pessoas auxiliadas pela prefeitura.
De acordo com Covas, o prédio pertencia à União, mas a prefeitura já havia tentado desestimular as ocupações irregulares, prevendo riscos. “A prefeitura fez o limite do que poderia fazer. Não podemos obrigar as pessoas a sair”, afirmou, em entrevista coletiva concedida mais cedo.
Covas ainda declarou que 150 famílias que viviam no prédio e entorno do local já estavam cadastradas junto à Secretaria de Habitação, sendo que 25% dessas famílias são estrangeiras.
O prefeito e a Secretaria da Assistência Social confirmaram que as pessoas que ocupavam o edifício serão encaminhada para abrigos e depois, poderão receber um auxílio aluguel, para se reestabelecerem.
De acordo com a prefeitura, 8 prédios do entorno do local têm ocupações. Bruno Covas afirmou que em toda a cidade de São Paulo há pelo menos uma centena de prédios invadidos.