Uma fazenda de Araçatuba, interior de São Paulo, que é propriedade do empresário Oscar Maroni, foi invadida, na manhã desta terça-feira (17), por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra ( MST ).
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A invasão foi justificada pelo movimento como um protesto contra a reforma agrária e a "arbitrariedade" da prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que foi comemorada publicamente por Oscar Maroni .
Dono da casa de shows Bahamas, localizada na capital paulista, Maroni chegou a distribuir cerveja grátis para os seus clientes, no dia da prisão do ex-presidente Lula .
A promessa já tinha sido feita nas redes sociais do empresário conhecido como o "magnata do sexo" em dezembro de 2016, mas foi reforçada pelo próprio Maroni à redação do iG , no dia em que o juiz federal Sérgio Moro decretou a prisão do petista .
"Estamos contratando uma escola de samba e um banda de pagode para fazer um grande carnaval pela prisão do Lula. Cumprirei minha promessa. Minha palavra é que nem bala, não volta atrás jamais!", afirmou o empresário, na ocasião.
No seu 'carnaval', porém, o empresário, que vestia uma roupa listrada imitando um prisioneiro, foi fotografado encenando com uma mulher nua, como se estivesse a enforcando. A cena foi registrada em frente ao Bahamas.
Segundo o MST, Maroni "agrediu sexualmente diversas mulheres, expondo o corpo de muitas trabalhadoras do sexo perante a centenas de homens em uma festa no dia 6". Tal encenação causou o repúdio de diversas autoridades e movimentos.
Candidato a deputado e declarações sobre Lula morto
Em entrevista ao iG , antes da prisão de Lula, Maroni também comentou a sua intenção de ser candidato a deputado federal pelo Partido Republicano da Ordem Social (PROS) nas eleições de 2018.
"Aos 67 anos, eu quero mudar o Brasil. Vou me candidatar a deputado porque quero ir pra Brasília para mudar o Brasil. Sou um empresário bem sucedido e não preciso disso, mas agora eu tenho esperança de que podemos fazer mudança", afirmou.
"O símbolo da minha candidatura será uma granada sem pino e os exemplos que eu seguirei serão o do juiz Sérgio Moro e da ministra Cármen Lúcia", adiantou.
O empresário também fez questão de explicar uma declaração que deu antes da ordem de prisão do petista, dizendo que queria ver Lula morto.
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"Está circulando um vídeo nas redes sociais de uma declaração que eu dei ontem, bêbado, dizendo que eu queria ver o Lula morto. Eu não quero o Lula morto. Quero ver o Lula apodrecendo na cadeia porque ele fez muito mal a este país", retificou Oscar Maroni .