Ex-presidente da BRF Pedro de Andrade Faria foi preso na segunda-feira na terceira fase da Carne Fraca
Divulgação/Instituto BRF
Ex-presidente da BRF Pedro de Andrade Faria foi preso na segunda-feira na terceira fase da Carne Fraca

Preso temporariamente desde segunda-feira (5), o ex-presidente global da BRF Brasil, Pedro de Andrade Faria, foi solto nesta sexta-feira (9) pela Polícia Federal em São Paulo. A prisão temporária expirada hoje foi uma decisão do juiz federal André Wasilewski Duszczak, da 1ª Vara Federal de Ponta Grossa (PR).

No início da semana, os investigadores da Polícia Federal responsáveis pela Operação Trapaça, terceira fase da Operação Carne Fraca, afirmaram à Justiça Federal no Paraná que o ex-diretor-presidente da BRF tinha conhecimento das fraudes em análises laboratoriais nas carnes comercializadas pelos frigoríficos do grupo .

Ao autorizar mandado de busca e apreensão no apartamento de Pedro, na zona sul de São Paulo, o juiz André Wasilewski Duszczak, da 1ª Vara Federal de Ponta Grossa (PR), citou e-mails apresentados pelos investigadores da Carne Fraca a respeito de uma ação trabalhista movida por ex-funcionária da empresa.

Nesse processo, a ex-supervisora laboratorial Adriana Marques Carvalho alegou à Justiça que era orientada, sob "pressão explícita de seus superiores", a alterar os resultados de testes laboratoriais sempre que essas análises "acusavam a presença de algum agente infectante – como a bactéria  Salmonella sp ".

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Além da irregularidade denunciada na ação trabalhista movida pela ex-supervisora laboratorial, também serviu como pontapé inicial para a deflagração da Operação Trapaça denúncia oferecida pela granjeira Cristianne Liberti, associada que fornece o local de engorda dos frangos e presta a mão-de-obra necessária para a produção granjeira durante todo o período de engorda das aves.

Segundo Cristianne, sua granja recebeu em 2016 um lote de 46 mil pintos contaminados pela bactéria Salmonella pullorum. "Cristianne referiu que esse problema foi negligenciado pela BRF, inclusive quanto à notificação compulsória que é devida às autoridades sanitárias", mencionaram os delegados da PF.

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Defesa

Em nota, a BRF alegou que "está se inteirando dos detalhes da operação e que está colaborando com as investigações para esclarecimento dos fatos". "A companhia segue as normas e regulamentos brasileiros e internacionais referentes à produção e comercialização de seus produtos, e há mais de 80 anos a BRF demonstra seus compromissos com a qualidade e segurança alimentar, os quais estão presentes em todas as suas operações no Brasil e no mundo", disse a empresa em comunicado. 

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