Governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, cobrou recursos do presidente Michel Temer
Beto Barata/PR - 20.2.18
Governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, cobrou recursos do presidente Michel Temer

O Rio de Janeiro precisa de empregos para superar a crise de violência que assola a população fluminense e que motivou o decreto de intervenção das Forças Armadas na segurança pública do estado. É o que defendeu nesta terça-feira (20) o governador do RJ, Luiz Fernando Pezão (MDB), durante cerimônia de lançamento da fase final de montagem dos submarinos Riachuelo , em Itaguaí.

"O que nós precisamos no estado é de muita segurança, e o senhor está sendo parceiro nosso. Mas nós precisamos muito é de emprego, presidente", disse Pezão , dirigindo-se ao presidente Michel Temer. "Precisamos que a atividade econômica volte fortemente. E todo o recurso que o ministro [da Fazenda, Henrique] Meirelles puder colocar para a nossa região é fundamental.
A gente só ganha a guerra da segurança pública com uma carteira assinada. Todos os trabalhadores querem ter sua carteira assinada", afirmou o governador.

O Rio de Janeiro atravessa severa crise financeira, o que levou o governo fluminense a encaminhar, no ano passado, um pacote de austeridade para a Assembleia Legislativa do estado (Alerj) a fim de conseguir um decreto de recuperação fiscal do presidente Temer.

A situação financeira do estado, no entanto, seguiu crítica e o governo estadual atrasou o pagamento de salários e do décimo terceiro de servidores no fim ano passado – incluindo os vencimentos de policiais e agentes de segurança.

Leia também: Governo pode tirar recursos de outras áreas para intervenção no Rio de Janeiro

Intervenção federal

A escalada da violência no Rio de Janeiro levou o presidente Michel Temer a assinar, com a anuência de Pezão, um decreto de intervenção para repassar às Forças Armadas o controle das ações de segurança pública no estado. O responsável pela intervenção é o general Walter Braga Netto, do Comando Militar do Leste.

O decreto tem vigência prevista para até o dia 31 de dezembro e foi aprovado na madrugada desta terça-feira pelo plenário da Câmara dos Deputados. O Senado deve votar a matéria ainda nesta tarde .

Apesar de o Congresso ainda não ter concluído a tramitação do decreto, a medida já está em vigor e produziu seus primeiros resultados nesta manhã, com a deflagração de  operação envolvendo o Exército, a Marinha e as polícias civil e militar (agora sob a direção do general Braga Netto) em uma comunidade na zona norte do Rio de Janeiro.

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