Agentes penitenciários apreenderam dois revólveres, 38 munições, duas facas e aparelhos celulares durante uma vistoria na Cadeia Pública de Itapajé, a 130 quilômetros de Fortaleza, Ceará. A Secretaria da Justiça do estado (Sejus) não informou a quantidade nem o tipo de drogas encontradas. A fiscalização ocorreu na segunda-feira (29) após um conflito entre os detentos da unidade resultar na morte de dez pessoas .
Segundo a agenda do governador do Ceará , Camilo Santana, está prevista para a tarde desta terça-feira (30) uma reunião com o presidente Michel Temer e um dos assuntos deve ser o combate ao crime organizado no estado.
Quarenta e quatro internos foram transferidos durante a segunda-feira (29) para outras unidades prisionais da região metropolitana. A Delegacia Municipal de Itapajé instaurou inquérito para investigar a motivação dos crimes e indiciou seis presos por homicídio qualificado.
Chacina
O presidente do Conselho Penitenciário do estado (Copen), Cláudio Justa, atribuiu os assassinatos na cadeia de Itapajé ao conflito entre as facções criminosas Guardiões do Estado e Comando Vermelho, que também motivou uma chacina no último sábado (27), na periferia de Fortaleza, que deixou 14 mortos .
O assassinato dos 10 internos na segunda-feira (29), conforme Justa, é a resposta do Comando Vermelho à chacina e demonstra a vulnerabilidade do sistema penitenciário. “Essa ação no presídio é reflexo do conflito instaurado nas ruas, mas não está sistêmico no estado porque houve a separação das facções nas unidades penitenciárias. No entanto, nas cadeias públicas, elas ficam no mesmo local. Existe uma deficiência tanto predial como de agentes penitenciários, que não conseguem fazer frente a esse tipo de conflito.”
Segundo Justa, a Secretaria da Justiça do estado (Sejus) deverá promover nova separação dos grupos rivais, desta vez remanejando internos para outras unidades. A secretaria disse em nota que a situação da cadeia pública foi estabilizada por agentes penitenciários e por policiais.
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No caso da chacina no bairro Cajazeiras, o Ministério da Justiça anunciou apoio às investigações por meio de uma força-tarefa formada por integrantes das polícias Federal e Rodoviária Federal, da Secretaria Nacional de Segurança Pública e do Departamento Penitenciário Nacional. Até o momento, seis pessoas foram presas suspeitas de participar dos homicídios no Ceará.
* Com informações da Agência Brasil