Presídio de Goiás já foi palco de rebeliões nos primeiros dias do ano, além de ter vídeo comprometedor vazado
Reprodução/TV Globo
Presídio de Goiás já foi palco de rebeliões nos primeiros dias do ano, além de ter vídeo comprometedor vazado

A diretora da Colônia Agroindustrial do Regime Semiaberto no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia , Edleidy Rodrigues, foi afastada do cargo neste sábado (6), após o vazamento de um vídeo em que, supostamente, os detentos são vistos usando drogas no interior da unidade.  Além disso, o presídio de Goiás já foi palco de duas rebeliões em janeira deste ano. 

As imagens vazadas, que teriam sido gravadas no dia 1º de janeiro, mostram presidiários fazendo uso dos entorpecentes no interior da cadeia de Goiás , durante um “evento” que parece ser uma festa de aniversário de um deles. Segundo nota da diretoria-geral de Administração Penitenciária (DGAP), ao tomar conhecimento do vídeo, o diretor-geral, coronel Edson Costa Araújo, determinou abertura de sindicância a fim de apurar a participação tanto de reeducandos quanto de servidores. Também foi acionada a corregedoria para investigar o que aconteceu.

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Com o afastamento da diretora, de forma temporária, quem assume o cargo é Álvaro Rosa Silva. Ele será responsável por responder pela unidade.

Rebeliões 

O Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia do Regime Semiaberto foi palco de duas rebeliões este ano. A primeira, no dia 1º de janeiro, deixou nove detentos mortos e outros 14 ficaram feridos, e a segunda, na noite de quinta-feira (4), em que ninguém ficou ferido.

Cela de presídio no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia
Divulgação/TJ-GO
Cela de presídio no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia

Na sexta-feira (5), uma terceira rebelião aconteceu no presídio, mas dessa vez no regime fechado, na Penitenciária Odenir Guimarães (POG). A assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSPAP) garantiu, por meio de uma nota, que a situação no local foi "controlada" depois que o Grupo de Operações Penitenciárias Especiais (Gope), com o apoio da Polícia Militar, invadiu o local.

Depois de três rebeliões nos primeiros dias do ano, a Secretaria de Segurança Pública estadual já estava ciente da possibilidade de rebeliões nos presídios do estado desde o fim do ano passado. Quem divulgou a informação foi o secretário da pasta Ricardo Balestreri, em pronunciamento na sexta.

De acordo com Balestreri, o serviço de segurança do estado se inteirou de que em ao menos 20 unidades prisionais  do estado um piquete dos presos era eminente. E, de fato, já na primeira semana de 2018, três rebeliões foram deflagradas no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, deixando nove detentos mortos e 14 feridos na segunda-feira (1).

A secretaria lamentou que, ainda que em posse das informações, as forças de segurança não tenham sido capazes de evitar os motins. Contudo, Balestreri comemorou que as polícias civil e militar tenham logrado evitar “problemas maiores” durante a crise penitenciária .

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“Tínhamos anúncio da orquestração de em torno de 20 rebeliões em presídios em Goiás. Conseguimos evitar quase todas elas”, disse, elencando a superlotação, a presença de facções rivais, as condições precárias dos presídios e a demora da justiça em analisar processos de detentos como causas da crise prisional. Para o secretário, os problemas nas prisões tratam-se do “maior drama nacional atual”.

*Com informações da Agência Brasil

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