Rebeliões foram deflagradas no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, deixando 9 detentos mortos e 14 feridos
Reprodução/TV Globo
Rebeliões foram deflagradas no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, deixando 9 detentos mortos e 14 feridos

A Secretaria de Segurança Pública de Goiás já estava ciente da possibilidade de rebeliões nos presídios do estado desde o fim do ano passado. Quem divulgou a informação foi o secretário da pasta Ricardo Balestreri, em pronunciamento nesta sexta-feira (5).

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De acordo com Balestreri, o serviço de segurança do estado se inteirou de que em ao menos 20 unidades prisionais de Goiás um piquete dos presos era eminente. E, de fato, já na primeira semana de 2018, três rebeliões foram deflagradas no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, deixando nove detentos mortos e 14 feridos na segunda-feira (1).

A secretaria lamentou que, ainda que em posse das informações, as forças de segurança não tenham sido capazes de evitar os motins. Contudo, Balestreri comemorou que as polícias civil e militar tenham logrado evitar “problemas maiores” durante a crise penitenciária .

“Tínhamos anúncio da orquestração de em torno de 20 rebeliões em presídios em Goiás. Conseguimos evitar quase todas elas”, disse, elencando a superlotação, a presença de facções rivais, as condições precárias dos presídios e a demora da justiça em analisar processos de detentos como causas da crise prisional. Para o secretário, os problemas nas prisões tratam-se do “maior drama nacional atual”.

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Notícias sobre o caos nas prisões brasileiras tem sido rotina nos últimos tempos. Em janeiro de 2017, no Rio Grande do Norte, detentos do maior presidio de Natal, a Penitenciária Estadual de Alcaçuz, iniciaram o tumulto que deixaria 26 mortos. Já em Roraima, ainda em janeiro de 2017, 33 detentos morreram na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc).

Também no primeiro mês de 2017, uma série de rebeliões deixaram 56 mortos no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), o maior presídio do Amazonas. A matança em Manaus representou a maior carnificina em presídios brasileiros desde o massacre do Carandiru, em São Paulo, onde 111 detentos foram mortos durante ação da polícia militar em 1992.

* Com informações da Agência Brasil

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