Uma nova rebelião ocorreu nas primeiras horas desta sexta-feira (5) no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, na região metropolitana de Goiânia . Desta vez a confusão se deu, na Penitenciária Odenir Guimarães (POG), uma unidade de regime fechado do complexo.
Esse é a terceira rebelião da semana no Complexo. Porém, as outras duas foram na Colônia Agroindustrial do Regime Semiaberto . Segundo a Polícia Militar, não há registro de feridos nesse terceiro caso. A primeira, na última segunda-feira (1º), deixou 9 mortos e 14 detentos feridos.
Segundo informações do Corpo de Bombeiros de Goiás
, nesta madrugada a corporação recebeu um chamado e deslocou duas viaturas para a unidade prisional. O objetivo do deslocamento era a prevenção para o caso de um incêndio durante a confusão. Além disso, houve uma grande movimentação policial no local.
A assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSPAP) garantiu, por meio de uma nota, que a situação no local foi "controlada" depois que o Grupo de Operações Penitenciárias Especiais (Gope), com o apoio da Polícia Militar, invadiu o local.
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Ainda de acordo com o órgão, um "procedimento de revista" começou a ser feito perto das 7h de hoje.
Em uma nota divulgada pela Diretoria Geral de Administração Penitenciária (Dgap), ficou claro que – por volta das 4h30 – houve um princípio de motim na penitenciária, que abriga presos
em regime fechado.
Semana lembra a crise carcerária de 2017
O que acontece nos último dias em Goiás remete à crise carcerária que atingiu todo o Brasil em 2017. Afinal, o início do ano passado foi marcado por uma série de rebeliões e fuga de detentos.
Diversos presídios sofreram com a superlotação e as facções criminosas começaram uma guerra já no primeiro dia de 2017, com uma chacina na prisão de Manaus , onde morreram ao menos 56 pessoas.
Além do Amazonas, os estados de Roraima e Rio Grande do Norte viveram momentos de crise e tensão, num cenário de rebelião e morte de dezenas de detentos em cada uma delas. Os estados de Minas Gerais, Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro também registram movimentos de revolta dos presidiários.
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* Com informações da Agência Brasil.