Operação Hashtag desarticulou grupo que supostamente planejava ataques terroristas durante Jogos Rio 2016
Agência Brasil
Operação Hashtag desarticulou grupo que supostamente planejava ataques terroristas durante Jogos Rio 2016

O Ministério Público Federal denunciou nesta segunda-feira (26) seis pessoas investigadas no âmbito da Operação Hashtag , que desarticulou no ano passado grupo acusado de apoiar o Estado Islâmico e planejar ataques terroristas durante os Jogos Rio 2016.

Essa é a segunda denúncia oferecida pelos procuradores que atuam na Operação Hashtag e tem como alvos pessoas cujo envolvimento nas atividades criminosas ainda não estava claro à época do primeiro processo, que já foi julgado pela Justiça Federal em Curitiba e resultou na condenação de oito pessoas.

Os seis denunciados vão responder pelos crimes de promoção de organização terrorista e associação criminosa. Danilo Francini dos Santos e Sara Ribeiro Martins foram denunciados pela prática dos dois crimes. Já Leandro França de Oliveira, Gilberto Gonçalves Ribeiro Filho e Mohamad Mounir Zakaria responderão somente por promoção de organização terrorista. 

O sexto denunciado é Fernando Pinheiro Cabral, único da lista que já constava da primeira denúncia da operação. Ele já foi condenado a 5 anos e 6 meses de prisão e está preso desde meados de agosto do ano passado. Agora, Fernando responderá por associação criminosa.

De acordo com as investigações, Fernando Cabral era o líder do grupo criminosos, que funcionava como uma organização paralela à célula liderada Leonid El Kadre de Melo, que já foi condenado a 15 anos e 11 meses de prisão.

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A atuação do grupo criminoso

A facção liderada por Fernando atuava no Facebook e também no aplicativo de trocas de mensagens Telegram. Segundo o MPF, os denunciados fizeram postagens na rede social exaltando o Estado Islâmico e tentando arrebanhar simpatizantes do grupo terrorista.

"Em inúmeras ocasiões, os denunciados demonstraram devoção à organização terrorista, afirmando, inclusive, intenção de ação terrorista no decorrer dos Jogos Olímpicos Rio 2016", escreveram os procuradores na peça acusatória, que possui 206 páginas (confira ao fim desta reportagem).

Segundo as apurações, a denunciada Sara seria responsável por recrutar mulheres para formar uma célula do Estado Islâmico no Brasil. Em depoimento prestado ao ser conduzida coercitivamente no ano passado, Sara teria dito que se considerava simpatizante dos jihadistas e confirmou que integrou grupo que planejava a execução de atos terroristas.

O denunciado Danilo também teria admitido atuação semelhante, dizendo ter a intenção de se integrar ao Estado Islâmico.

"Restou claro que os denunciados de forma voluntária e consciente da ilicitude da conduta promoveram a organização terrorista Estado Islâmico por meio de publicações de comentários, imagens e vídeos, links de sites de notícias do grupo extremista e conversas e atos em aplicativos e redes sociais – em ambientes públicos e privados", reforçou o procurador da República Rafael Brum Miron em trecho da denúncia da Operação Hashtag.

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Confira a íntegra da nova denúncia da Operação Hashtag:


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