Vereadora do PSOL Sâmia Bomfim divulgou imagens de ação da PM na altura da Ponte Eusébio Matoso, no Butantã
Esdras Carlos
Vereadora do PSOL Sâmia Bomfim divulgou imagens de ação da PM na altura da Ponte Eusébio Matoso, no Butantã

Ao menos 16 pessoas foram presas na manhã desta sexta-feira (28) durante atos contra as reformas trabalhista e da Previdência em São Paulo. Os protestos integram a agenda da greve geral que interrompe ônibus, trens e metrôs, além de diversos outros serviços, desde cedo na capital paulista. Leia mais sobre as paralisações neste link .

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo, até as 11h30 desta sexta-feira a Polícia Militar havia efetuado seis prisões em ato da greve geral de trabalhadores na zona sul da cidade (região do Parque Santo Antônio), quatro na zona norte (em Pirituba), e outras seis na zona leste (em Itaquera).

As prisões realizadas na zona leste se deram durante o ato da Frente Itaquera Sem Medo, ligada ao sindicato dos metroviários de São Paulo, na Radial Leste. A Polícia Militar encaminhou os seis manifestantes ao 65º Distrito Policial (Arthur Alvim), sob a alegação de que eles portavam tochas, gasolina, rojões e pregos retorcidos (veja na imagem abaixo).

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"Prisões arbitrárias"

A reportagem do iG contatou uma das integrantes do movimento, Carolina, que está acompanhando a situação na delegacia. Questionada se o arsenal relatado pela PM pertencia aos integrantes da Frente Itaquera Sem Medo, Carolina afirmou que "pelo menos não desses que foram presos".

A manifestante alega que as prisões foram realizadas "arbitrariamente" e que nenhum dos materiais indicados pela Polícia Militar foi encaminhado à delegacia como prova. Carolina também afirma que o delegado do 65º DP está intimidando as seis pessoas detidas, ameaçando mantê-los na prisão.

"Ele não tem nenhuma prova de nenhuma explosão, nenhuma prova de incêndio", reclama a manifestante. A integrante do movimento também informou que os advogados ligados à Frente Itaquera Sem Medo já estão a caminho da delegacia para tentar liberar os detidos.

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Manifestante alega que material apreendido pela Polícia Militar não pertencia às pessoas que foram detidas
Divulgação/Polícia Militar
Manifestante alega que material apreendido pela Polícia Militar não pertencia às pessoas que foram detidas


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