A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (9), a Operação Conclave, que investiga possíveis fraudes na compra de ações do Banco Panamericano pela Caixa Participações S.A. (Caixapar).
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O inquérito da Polícia Federal apura a responsabilidade de gestores da Caixa Econômica Federal (CEF) e investiga também possíveis prejuízos causados a correntistas e clientes do banco.
Cerca de 200 policiais estão cumprindo desde cedo 46 mandados de busca e apreensão expedidos pela 10ª Vara Federal de Brasília. "A decisão ainda determinou a indisponibilidade e bloqueio de valores de contas bancárias de alvos das medidas cautelares. O bloqueio alcança o valor total de R$ 1,5 Bilhão", diz a nota da polícia.
Estrutura do esquema
De acordo com as investigações, alguns núcleos criminosos foram identificados, entre eles, "o núcleo de agentes públicos, responsáveis diretos pela assinatura dos pareceres, contratos e demais documentos que culminaram com a compra e venda de ações do Banco Panamericano pela Caixapar e com a posterior compra e venda de ações significativas do Banco Panamericano pelo Banco BTG Pactual S/A",
Outro núcleo de criminosos, o de consultorias, de acordo com as investigações da polícia, era responsável por emitir pareceres para legitimar os negócios realizados pelos envolvidos.
Além desses dois, havia um terceiro núcleo: o de empresários que, "conhecedores das situações de suas empresas e da necessidade de dar aparência de legitimidade aos negócios, contribuíram para os crimes em apuração".
Segundo a Polícia Federal, os investigados na Operação Conclave poderão responder pelos crimes de gestão temerária ou fraudulenta, além de outros delitos que possam vir a ser descobertos. As punições para esses crimes podem chegar a 12 anos de reclusão. O nome da operação policial faz referência à forma sigilosa com que foram tratadas as negociações entre os envolvidos e alude ao ritual (Conclave), no Vaticano, responsável pela escolha do papa.
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* Com informações da Agência Brasil.