O governo federal afirmou, por meio de nota, que o fato de o Brasil ter ficado estacionado no ranking do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) ilustra “a severidade da crise da qual apenas agora o País vai saindo". O levantamento foi divulgado nesta terça-feira (21) pela ONU (Organização das Nações Unidas).
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Na nota, a Presidência da República informa que o Brasil passou da 75ª para a 79ª posição. O PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), por sua vez, diz que o Brasil se manteve na 79ª posição em um ranking de 188 países, com 0,754 ponto. De acordo com o governo federal, a diferença decorre de mudanças na metodologia adotada pela ONU de 2014 para 2015.
Apesar do resultado negativo, o Planalto diz estar providenciando medidas para melhorar o panorama nos próximos anos. "O resultado do conjunto de transformações em curso sob a liderança do presidente Michel Temer deve refletir-se, ao longo das próximas edições do índice, em uma melhoria, tanto absoluta, como relativa de nosso número. Medidas como o controle das contas públicas, garantia dos gastos em saúde e educação, garantia do acesso à água por meio da conclusão do Projeto São Francisco, retomada do crescimento e do emprego se combinam para recolocar o País nos trilhos e criar uma realidade que logo será refletida nos indicadores internacionais", diz o comunicado.
Como é calculado o IDH
A ONU faz o cálculo do IDH a partir do cruzamento de dados de vários organismos nacionais e internacionais. Quanto mais próximo de 1 ponto, melhor a colocação na tabela, que há anos é encabeçada pela Noruega. O país escandinavo passou de 0,944 para 0,949 ponto de 2014 para 2015, o que o coloca à frente dos 50 países que o PNUD considera de desenvolvimento humano muito alto – e entre os quais só há dois latino-americanos: Chile (38ª posição) e Argentina (45ª).
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O Brasil integra o grupo composto por 55 países que são considerados como de alto desenvolvimento humano. Considerando América Latina e Caribe, o Brasil fica atrás de Barbados e do Uruguai (empatados na 54ª posição); de Bahamas (58ª); do Panamá (60ª); de Antígua e Barbuda (62ª); Trinidad e Tobago (65ª); da Costa Rica (66ª); de Cuba (68ª); da Venezuela (71ª) e do México (77ª).
Atrás do Brasil, mas ainda entre os países e territórios latino-americanos de alto desenvolvimento humano, estão Peru (87ª); Equador (89ª); Santa Lúcia (92ª), Jamaica (94ª); Colômbia (95ª); Suriname (97ª); República Dominicana (99ª); São Vicente e Granadinas (99ª) e Belize (103ª). As demais nações latino-americanas, como Paraguai (110ª), El Salvador (117ª) e Bolívia (118ª), figuram entre os grupos de médio ou baixo IDH .
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Ou seja, mesmo que o governo brasileiro consiga melhorar o nível do IDH, ainda há um longo caminho a ser percorrido para colocar o Brasil entre as primeiras posições do ranking.
* Com informações da Agência Brasil