A greve dos servidores da prefeitura de Santos segue sem acordo após dez dias de paralisação para reivindicar reajuste salarial. A proposta do governo municipal é aplicar o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do período, de 5,35%, nos valores do auxílio-alimentação e da cesta básica. Os servidores afirmam que só aceitam negociar se a contraproposta oferecer reajuste nos salários que, no mínimo, reponha a inflação.
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Segundo o Sindicato dos Servidores Municipais de Santos (Sindserv), 80% da categoria aderiu à greve . O balanço da prefeitura, no entanto, diz que cerca de 50% dos profissionais da Saúde Mental e da Assistência Social estão paralisados. Na educação, a adesão alcança 70%.
O governo também afirma que nas 32 policlínicas a paralisação é parcial. Nestes casos, a adesão seria de cerca de 35% dos servidores. Além disso, os prontos-socorros localizados nas zonas noroeste e central têm funcionamento normal.
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Decisão
Na última segunda-feira (13), o governo municipal entrou com uma ação na Justiça para pedir que 80% do funcionalismo municipal mantivesse os serviços essenciais nas áreas da educação, assistência social e saúde. De acordo com o sindicato, a prestação dos serviços inadiáveis da comunidade, aquelas que podem colocar em perigo a sobrevivência, a saúde e a segurança, está sendo mantidas.
A Justiça ainda não tomou nenhuma decisão. A entidade sindical informou que já apresentou a defesa e que o juiz solicitou manifestação do Ministério Público. A prefeitura justifica o pedido por entender que “o interesse público se sobrepõe ao interesse particular e, por isso, determina a continuidade do atendimento à população sem interrupção de atividades. Além da área da educação, a mesma jurisprudência vale para a área de assistência social e saúde”.
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Negociação
Em relação à possibilidade de abrir negociação com os servidores em greve, a prefeitura respondeu que a proposta já foi feita e que não enviou qualquer projeto relativo ao reajuste à Câmara Municipal de Santos. A assessoria de imprensa destaca que “o assunto vem sendo objeto de diálogo com o sindicato”.